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Para Connectoway, equipamentos de banda larga devem sofrer com falta de chips e reajustes

Carlos Cartaxo, CEO da Connectoway

A distribuidora de equipamentos para banda larga Connectoway acredita que o segundo semestre do ano pode trazer impactos mais significativos para o mercado em relação ao problema global da falta de semicondutores e aumento de demanda decorrente do alívio da pandemia em países que já passaram a fase mais crítica. Para Carlos Cartaxo, presidente da empresa, isso pode se refletir no Brasil com um aumento de preços do qual o mercado dificilmente vai escapar e uma possível limitação de estoque. “Nesse momento, a mensagem que a gente deixa para os provedores é que o planejamento de longo prazo é fundamental, porque pode faltar equipamento na ponta”, diz ele, referindo-se sobretudo aos equipamentos de última milha e aos dispositivos que conectam a casa do assinante.

Apesar desse risco, a Connectoway está otimista com o crescimento do mercado e acredita que haverá um impulso relevante após a pandemia e que o mercado está em alta. “Essas quedas de base que a Anatel registrou certamente são decorrentes de problemas específicos de provedores que não puderam informar os números, porque o que estamos vendo é um mercado ainda bastante aquecido”, diz Cartaxo.

Também o 5G, acredita, deve ajudar muito na ampliação das redes de fibra, sobretudo para dar suporte às ERBs que precisarão ser instaladas. Mas ele acredita que o ISP precisa começar a pensar mais no futuro de longo prazo e no perfil de serviços que vai querer oferecer.

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A aposta da Connectoway é que o WiFi 6 será uma forma para que ISPs possam oferecer mais serviços residenciais e voltados para aqueles domicílios com mais de 10 ou 15 dispositivos conectados, e também conexão outdoor, com soluções para hotspots públicos e em novos modelos de comercialização. “Vai acabar sendo uma forma de complementar o serviço fixo e ter uma alternativa à rede móvel”, diz ele. A Connectoway também aposta que nos próximos anos as operadoras de pequeno e médio porte iniciarão um movimento de atualização das redes para tecnologias tipo XG-SPON. 

Apesar do mercado cada vez mais competitivo de ISPs, diz Cartaxo, ainda há espaço para crescimento das operadoras. “Temos uma penetração de pouco mais de 20% da fibra, enquanto mercado mais maduros têm 45%, então existe espaço”, diz ele. Carlos Cartaxo tampouco mostra muito entusiasmo com o modelo de redes neutras. “O investimento em rede acaba sendo apenas 20% do CAPEX, então não tenho tanta certeza que valha o risco de abrir mão do controle da rede e das necessidades futuras de expansão, ainda mais porque aumenta o custo operacional”, diz, mas ele admite que esse modelo deve ser bastante testado ainda.

 

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