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CEO do Citi Brasil: banco digital não é o Internet banking expandido

A transformação do banco físico para o banco digital foi um dos temas mais abordados do CIAB-Febraban, evento de tecnologia do setor financeiro que terminou nesta quinta-feira, 18. De acordo com o presidente do Citi no Brasil, Hélio Magalhães, o erro está em criar o sistema digital com base no atual Internet banking.

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"Uma das coisas que tenho visto como discussão é o Internet Banking x Digital. Muitos apenas expandem o modelo da web. É preciso transformar e criar novos modelos de negócios", enfatizou Magalhães, que deu como exemplo, o crescimento do Uber, a quem ele chamou de "black car". "Se o cliente vai fazer uma compra (online), por que não oferecer oportunidades e soluções? Eu acho que a combinação disso tudo, passa por você criar novas soluções, permitir muito mais um modelo diferente de negócios".

"Eu fico imaginando que esses exemplos de novas indústrias, elas podem levar para o banco um desafio muito grande. Outro desafio é a própria cabeça das pessoas. Sair daquele pensamento: dá para fazer ou não dá", completa o CEO brasileiro.

Para Sajal Mukherjee, líder de transformação global em bancos da IBM, as instituições financeiras devem primeiro definir se estão prontas para dar esse passo. O executivo indiano aponta alguns passos para um banco começar a ser propriamente digital, como adotar um negócio modular, automatizar os processos e ser omnichannel (canais e serviços dos bancos conectados).

Omni channel

O omni channel foi o tema por outros dois executivos de dois bancos brasileiros, Pedro Donatti, diretor de canais digitais do Itaú, e Luca Silvestrini, diretor dos canais Dia & Noite do Bradesco. Ambos apontaram como principal meio de ajudar à digitalização do setor financeiro, o uso de múltiplos canais conectados, para atender tanto o cliente digital como o cliente físico.

"Estamos tentando transformar pelo digital a relação corpo a corpo no universal digital. Respeitando os clientes que não nasceram no digital e aquele que necessitam de novos formatos", disse Silvestrini, apresentando dados que 92% de seus clientes já acessam o Bradesco por Internet ou mobile em 2015. "O Digital é um ecossistema. Nosso relacionamento é omnichannel. A agência digital não é evolução, é parte do nosso ecossistema".

"O digital do início ele pressupõe uma dimensão maior. Ele passa por revisitar a maneira como você fez a escolha e como você flui no circuito financeiro", completa Donatti, ao lembrar que o Itaú tem 65% de seus clientes fazem uso do acesso online.

Usabilidade

A experiência do usuário também foi citada pelos executivos como uma das principais tendências que devem guiar os bancos digitais. Segundo o CEO da Capgemini do Brasil, Paulo Marcelo, a experiência dos clientes vai direcionar as transformações no setor. Na visão do empresário, ainda existe um grande espaço, entre as agências físicas e os meios digitais. "A sociedade é digital, mas as empresas, e os bancos ainda não são", disse Marcelo.

Silvestrini ainda aborda que, mesmo com a criação das agências digitais no mercado, o modelo físico “não vai desaparecer”. Em sua visão, o Brasil ainda tem diversas visões e pensamentos, então precisa estar “aberto” para clientes dos dois meios.

"O que vai acontecer é a convergência entre o físico e o humano. O cliente vai levar seu smartphone cada vez mais à agência", indicou Silvestrini. "A experiência em um meio, digital ou físico, vai refletir para melhorar o serviço que o cliente quer".

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