Smart Cloud representará 15% das receitas corporativas da Oi em 2015

Enquanto avança o processo de fusão entre Oi e Portugal Telecom (PT) no mercado de capitais, alguns efeitos da integração operacional entre as duas teles começam a aparecer. Com a conclusão da integração das áreas de engenharia e desenvolvimento de produtos, Oi e Portugal Telecom unificaram o portfólio de serviços de tecnologia da informação e comunicação (TICs) oferecidos em nuvem e lançaram nesta quarta, 18, o um showroom integrado entre Brasil e Portugal para o mercado corporativo.

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"Estamos com um novo posicionamento. Em meados de 2013 resolvemos fazer um trabalho interno para melhorar a experiência do cliente corporativo com nossos serviços de telecom e, a partir da excelência em telecom, passar a oferecer também serviços de TI", conta o diretor da unidade de negócios corporativos da Oi, Maurício Vergani. "Fizemos toda uma reengenharia de processos, reduzimos o número de fornecedores e reforçamos as equipes de engenharia, de pré e pós-venda, além de investir cerca de 20% da nossa receita líquida em infraestrutura para garantir a excelência de nossos serviços de telecom", acrescentea. Ele lembra que a Oi deu início 'a oferta de serviços de TI em nuvem ainda em 2012, com o lançamento da Oi Smart Cloud, mas ressalta que a partir de agora uma só equipe integrada é responsável pela criação de novas ofertas, que valerão tanto para o mercado brasileiro quanto para o português e o africano, onde atua a Portugal Telecom.

Os serviços de TI do Smart Cloud já respondem por 7% da receita do segmento corporativo da Oi (que engloba governo e grandes empresas) e a expectativa de Vergani é de que passem a representar 15% dessa receita já no ano que vem e, em cinco anos, alcancem 25%. "Estamos trabalhando para compensar a queda das receitas de voz e do mercado de pequenas e médias empresas (PMEs). Só no primeiro trimestre deste ano os serviços de TI cresceram 20% em relação ao primeiro trimestre de 2013", comemora o executivo.

A receita do setor de B2B (business-to-business) da Oi, que inclui além de governo e grandes corporações também as PMEs, totalizou R$ 2,1 bilhões no primeiro trimestre de 2014, ou 30% da receita líquida da operadora.

Novos serviços

De acordo com Vergani, atualmente cerca de 70% da receita do Oi Smart Cloud vêm da venda de soluções de infraestrutura como serviço (IaaS, na sigla em inglês), como virtualização de servidores. "Mas temos visto tendência de demanda para soluções também de email e share point, de software as a service (SaaS) e acredito já em 2015 essa proporção se inverta, e 70% das receitas passem a vir de SaaS", calcula.

No novo portfólio conjunto Oi e PT estão oferecendo desde soluções para gestão de frotas e equipes de campo à oferta de Big Data as a service baseada na plataforma Hana da SAP – esta última já sendo utilizada por um cliente na área de seguros. Há também soluções de pesquisa de campo e gerenciamento de dispositivos móveis para empresas, tudo hospedado na nuvem.

E com foco nos 70% da base de usuários móveis ainda sem smartphone no Brasil, a Oi também está testando sua plataforma de USSD (Unstructured Supplementary Service Data) para ser usada como um canal de transações bancárias similar aos aplicativos para smartphones. "Virtualmente, o banco poderia dar as mesmas funcionalidades que já oferece em um aplicativo em smartphone utilizando o USSD, que é um canal seguro de comunicação. Todos os grandes bancos estão testando e acredito que ainda no começo do segundo semestre deste ano haja o lançamento comercial da solução", revela Vergani. Segundo ele, os bancos estavam esperando que todas as operadoras tivessem sua solução de USSD preparada para poder lançar o novo canal de atendimento.

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