CPqD aposta em NFC para o futuro dos meios de pagamento no Brasil

O CPqD vem apostando no desenvolvimento de novas soluções para o setor bancário, dentre os quais se destacam as aplicações baseadas em tecnologias móveis, como é o caso do NFC (Near Field Communication). O centro trabalha em duas frentes em relação ao uso do NFC: uma, mais ambiciosa, é a de transações financeiras por meio da tecnologia; e outra é a de ações de marketing. Esta última já está operacional e será apresentada esta semana na Ciab, feira organizada pela Febraban, em São Paulo. Serão espalhados 30 smartposters que, ao serem acessados por smartphones com tecnologia NFC, darão acesso a toda a programação da feira. “Essa é uma tecnologia que está plenamente operacional e que já começa a ser usada no País. Nosso objetivo é aproveitar os grandes eventos que ocorrerão nos próximos anos para difundir o NFC como ferramenta de marketing. Muitos turistas vêm ao País, e no exterior isso já é bastante usado”, disse José Domingos Favoretto, diretor do CPqD.

Segundo o executivo, a demora da expansão do uso comercial do NFC como meio de pagamento no Brasil se deve, sobretudo, a uma questão de regulação de um marco normativo para o serviço. “Estamos esperando um grupo de trabalho entre operadoras e setor financeiro para a definição de um TSM (trust service management), que nada mais é do que uma grande rede de captura, preferencialmente isenta, que distribui transações e garante a segurança dos negócios. A Europa já está avançada nesse processo de regulação, que conta até com a participação da União Europeia”, disse.

Segundo Favoretto, no que se trata de meios de pagamentos, operadoras, banco e rede de cartões de crédito têm que se unir para chegar a um modelo de negócio definido. “Essa é a discussão que vai ser levada para a CIAB. Hoje, não há sequer um grupo de trabalho para discutir isso no Brasil”, criticou.

Notícias relacionadas

Em termos de tecnologia e de segurança, o NFC já é uma tecnologia madura, como denota sua adoção crescente em países europeus e da América do Norte. “Hoje, 99% dos procedimentos já estão prontos. Quando do lançamento (no exterior) do Google Wallet, houve alguns problemas, mas a tecnologia já evoluiu muito desde então”, disse ele, ressaltando que o CPqD já trabalha há um ano e meio com essa tecnologia. Em seu estande na CIAB, serão feitas demonstrações de algumas possibilidades de uso do NFC, especialmente como carteira eletrônica e instrumento de venda de bilhetes e ingressos. Além de desenvolver aplicações baseadas nessa tecnologia, o CPqD também atua como integrador de soluções, provedor de serviços e homologador/certificador de dispositivos e soluções em  NFC.

De acordo com Favoretto, os pagamento via NFC são uma tendência irreversível no mundo. Segundo dados do CPqD, em 2014, cerca de 40% dos celulares mundiais virão equipados com tecnologia NFC. “Esse é um tsunami que vai vir na nossa cabeça, em dois ou três anos. O NFC não vai evoluir no Brasil enquanto instituições financeiras e operadoras não se reunirem para criar um organismo isento para definir um modelo de negócios. Chegamos a um ponto em que todos já estão prontos: tecnologia já está disponível, algumas operadoras já estão lançando smartphones com essa tecnologia. Mas para botar a roda para funcionar, tem que haver um marco normativo”, diz.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!