Gradiente anuncia smartphone com TV digital

Mesmo presa à uma crise financeira desde o final do ano passado, que envolve dívida de quase R$ 300 milhões e a paralisação da fábrica de Manaus (AM), a Gradiente anunciou nesta terça, 18, uma parceria com a NeoMagic para o desenvolvimento de um smartphone com recepção de TV digital aberta, no sistema brasileiro SBTVD-T. O anúncio marca o início da caminhada da Gradiente de volta ao mercado de handsets para telefonia móvel e há possibilidade de que a fabricante não volte a produzir equipamentos low-end.
O smartphone da Gradiente, por enquanto, existe apenas no campo das idéias. De acordo com o representante para América do Sul da NeoMagic, Alpoim Correa, as negociações da parceria tiveram início em fevereiro e a Gradiente realizou durante os três meses seguintes uma pesquisa de mercado para ajudar a determinar as funcionalidades que serão incluídas no dispositivo.
"Fechamos hoje as características que o aparelho deve ter e agora a Gradiente começará a cotar e definir questões como o sistema operacional (se Linux ou Microsoft) e como será o layout dos componentes", diz Correa.

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Características

O smartphone usará o processador MiMagic8, que integra a função de telefonia com as aplicações multimídia em um único chip e isto, segundo Correa, pode baratear o custo do aparelho. Já está definido que este smartphone não será 3G e o lançamento está programado para até o final de 2008.
"Mas este não deve ser o único aparelho que vamos desenvolver. Foram apresentados mais dois outros modelos, com mais funcionalidades e incluindo o acesso a redes 3G e 3,5G, que devem começar a ser discutidos após o lançamento do primeiro modelo", afirma Correa.
A NeoMagic também negocia no Brasil a fabricação de receptores móveis de TV digital, a integração da recepção de TV digital em equipamentos de localização GPSe a integração de sistemas de segurança wireless.

Fabricação

Para que o cronograma de lançar o smartphone com TV digital até o final do ano seja cumprido, a Gradiente precisa primeiramente resolver o maior de seus problemas: saldar a dívida de quase R$ 300 milhões que mantém sua fábrica paralisada. A expectativa da empresa era que sua instalação voltasse a produzir ainda no segundo semestre de 2008, mas para tanto a empresa precisa conseguir um parceiro investidor ou a liberação de um financiamento do BNDES, o que não aconteceu até o momento.

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