O terceiro trimestre fiscal da fornecedora Cisco, corresponde aos meses de fevereiro a abril, mostraram um resultado estável no comparativo anual. Segundo o balanço financeiro da companhia divulgado nesta quarta-feira, 18, isso aconteceu por conta ainda dos lockdowns ainda motivados pela pandemia na China e também a guerra na Ucrânia.
No total, a receita da companhia ficou praticamente idêntica aos primeiros três meses do ano passado, com US$ 12,835 bilhões, apenas US$ 32 milhões a mais no comparativo. Considerando o segmento de produtos, o maior componente, houve aumento de 3%, totalizando US$ 9,448 bilhões, mas a receita de serviços caiu 8%, ficando em US$ 3,387 bilhões.
A guerra na Ucrânia prejudicou porque aconteceu no meio do trimestre fiscal (em março) e pelo fato de a fornecedora norte-americana ter anunciado que deixaria de operar tanto na Rússia quanto em Belarus (país que se aliou ao governo russo). Isso acabou levando a um impacto de aproximadamente de US$ 200 milhões no período. Historicamente, os três países representavam 1% da receita total da companhia.
Desta forma, o desempenho na Europa/Oriente Médio e Ásia/Pacífico caiu 6% em cada, mas nas Américas houve aumento de 5%, total de US$ 7,638 bilhões, conseguindo assim neutralizar os recuos. A empresa lembra também que o trimestre teve 13 semanas, em vez das 14 do ano passado.
Já o lucro líquido subiu 6% e fechou o período em US$ 3,044 bilhões, embora os resultados que desconsideram a conformidade com as normas contábeis GAAP mostrem uma variação de 3%, chegando a US$ 3,5 bilhões.
"Embora lockdowns de covid na China e a guerra na Ucrânia tenham impactado a nossa receita no trimestre, os condutores fundamentais em todos os nossos negócios estão fortes e nós continuamos confiantes no longo prazo", declarou o CEO da Cisco, Chuck Robbins. A meta para o ano fiscal de 2022, que será concluído no próximo trimestre, é de um aumento anual da receita de 2 a 3%. Os últimos trimestres, por outro lado, deverão ter queda de 1 a 5,5%.