O mercado representado pelos dekasseguis ? brasileiros residentes no Japão ? está atraindo as empresas brasileiras. Depois da TV Tarobá, de Londrina (PR), que anunciou a venda de conteúdo nacional para a comunidade daquele país, agora é a vez das empresas de telefonia serem atraídas para o segmento. O interesse tem razão de ser: segundo o Consulado Japonês, existem em torno de 300 mil dekasseguis no país.
A Matrix Internet, empresa brasileira de soluções em telecomunicações de Santa Catarina, em parceria com a com Telecall Japan, anunciou nesta semana o Ipon, um serviço de VoIP no Japão. O serviço permite ao usuário fazer e receber ligações internacionais pagando tarifas locais. Quem ligar de São Paulo, por exemplo, para um usuário do Ipon no Japão, pagará o equivalente a uma ligação local brasileira. Já o usuário que ligar do Japão para o Brasil pagará bem menos do que uma ligação internacional (entre 6 e 7 iens por minuto ou entre US$ 0,054 e US$ 0,063), informa o presidente da Matrix Internet, Eber Lacerda.
O serviço custa US$ 100 e inclui dois números para receber chamadas e um adaptador ATA que integra o telefone à banda larga. Caso o usuário queira entrar em contato com seu parente brasileiro fora de casa, em telefones públicos, por exemplo, utiliza o cartão pré-pago que também faz parte do pacote.
A Matrix Internet, que tem licenças de SCM e SLE, pertence ao grupo da carrier norte-americana Primus Telecommunications. A empresa atua no País oferecendo serviços de VoIP para o mercado corporativo com a comercialização de 2,5 mil linhas além de plataformas de VoIP para operadoras internacionais. O circuito utilizado para o tráfego entre Brasil e Japão usa a infra-estrutura da Primus Telecommunications de redes TDM e IP.
