Privatização dos Correios será votada até fim do ano, prevê ministro

Ministro Fábio Faria. Foto: Cléverson Oliveira/MCom

O governo promoveu uma reunião com o grupo de Programa de Parceria de Investimentos (PPI) nesta semana, e a privatização dos Correios foi um dos temas abordados. A estatal não divulgou ainda o balanço financeiro de 2020, mas, segundo o ministro das Comunicações, Fábio Faria, a empresa registrou números positivos, especialmente por conta do impacto da pandemia da covid-19 e o aumento nas postagens de encomendas.

Mesmo diante dessa melhoria de resultados, com a consequente valorização do ativo, o governo continua firme na intenção de privatização, com um "prazo máximo" de que o projeto de lei seja votado na Câmara e no Senado até o final do ano, segundo Faria (no começo do mês, o ministro estava mais otimista, prevendo a votação já em setembro). O trabalho de assessoramento da BNDES com a empresa de consultoria Accenture deverá ser finalizado em julho.

No entanto, ele entende que haverá resistência da oposição. "Como os Correios são uma empresa que têm quase 100 mil funcionários, a bancada da esquerda vai querer fazer audiências públicas e reuniões temáticas, enfrentaremos isso", declarou Faria, em live para o Instagram do site Ranking de Políticos na quarta-feira, 17.

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O ministro julga, entretanto, que o "congresso reformista" vai atuar em favor da votação, mencionando que o presidente da Câmara, Artur Lira, estaria "100% alinhado com as pautas do governo" e por ter escolhido relator para o PL. Ele ressalta também que as discussões "fora do Congresso são mais importantes", e quando um assunto é pautado é porque já houve essa articulação. "Estou satisfeito com o ritmo do Congresso."

Valorização

Para Fábio Faria, o crescimento dos Correios apenas confirma que a empresa poderá ter maior atratividade no mercado. Segundo ele, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) pulou de R$ 600 milhões em 2019 para "quase R$ 1 bilhão" no ano passado. Já o valor de mercado aumentou R$ 4,2 bilhões no período. "Parte do faturamento caiu, por conta de [redução dos envios de] cartas. Mas a questão de encomendas e outras entregas do período da pandemia, apesar da greve de 35 dias, fez com que o faturamento e o EBITDA tenham aumentado."

Os números foram apresentados em reunião do PPI na terça-feira, 16, quando e a estatal fez apresentação para o presidente Jair Bolsonaro e os ministros.   

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