O governo trabalha com a expectativa de que a Anatel vote esta semana, no conselho diretor, o Plano Geral de Metas de Universalização que valerá para as concessionárias de STFC até 2015. O PGMU III, como é chamado, deveria ter sido incluído nos contratos de concessão das teles ainda no ano passado, mas foi adiado para o começo de maio por conta das polêmicas referentes às novas metas. Depois de aprovado no conselho diretor, o texto ainda segue ao conselho consultivo, onde tem 15 dias para ser analisado, e depois aos Ministério das Comunicações, que o encaminha para ser publicado por Decreto. Não está prevista nova consulta pública.
Existe ainda um problema para que esse cronograma esperado pelo governo seja cumprido: o PGMU III não está na agenda da próxima reunião do colegiado da Anatel, mas é possível que se a conselheira-relatora Emília Ribeiro tiver seu voto concluído, isso seja colocado em pauta ao longo da semana.
Negociações de alto nível
Por enquanto, as propostas que estão na mesa são as seguintes: a Oi se dispõe a oferecer pacotes de varejo com velocidade de 600 kbps por R$ 29. A proposta de varejo da Telefônica seria de R$ 29,80 por uma velocidade de 200 kbps, se houver isenção de ICMS. A Telefônica se dispõe a elevar a velocidade para 1 Mbps cobrando o mesmo valor final do usuário (R$ 29,80) caso a agência permita a venda conjunta do pacote de dados com a linha telefônica da empresa.
Na proposta da Oi haveria uma franquia de download de 200 MB, e a proposta da Telefônica não fixa limites de download. Mas a Oi garante que tiraria o limite de download caso a agência concorde com a venda empacotada de voz e dados.
Os planos da Oi seriam comercializados apenas nas localidades com backhaul instalado por meio de metas de universalização. Ou seja, apenas em parte das sedes municipais. No caso Telefônica, a área de abrangência seria todos os municípios de São Paulo onde houver cobertura do Speedy e capacidade disponível.