O mercado de core (núcleo) de redes móveis ainda luta globalmente para ganhar tração, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira, 18, pelo Dell'Oro Group, consultoria global focada no mercado de telecomunicações.
Segundo a firma, o segmento registrou desaceleração no quarto trimestre de 2024, quando apurou queda de cerca de 4% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
"O mercado tem enfrentado dificuldades para ganhar tração nos últimos três anos, com três dos quatro trimestres registrando crescimento ano contra ano estável ou negativo. Em 2024, atingimos o menor patamar, com queda de 4%.
No entanto, os resultados do ano não foram homogêneos entre as tecnologias que acompanhamos", afirma o diretor de Pesquisa do Dell'Oro Group, Dave Bolan.
Enquanto as receitas de sinalização e wireless packet core tiveram recuo, aquelas com gerenciamento de políticas, gerenciamento de dados de assinantes e subsistema multimídia sobre IP (Núcleo IMS) cresceram na comparação anual.
Regiões
De acordo com a análise, o desempenho negativo foi impulsionado por um declínio de 15% no mercado chinês, responsável por uma fatia relevante do setor. Ainda assim, o ranking dos principais fornecedores permaneceu inalterado no ano passado: Huawei, Ericsson, Nokia e ZTE. "Regionalmente, o crescimento da China foi negativo. Em menor escala, o mercado global (excluindo a China) também registrou queda", diz Bolan.
Apesar da performance negativa, a expectativa é que ambos os mercados voltem a ter crescimento em 2025, puxado pelo core de redes móveis 5G. Por outro lado, o segmento de computação de borda de múltiploacesso (MEC) também deve crescer, mas em ritmo mais lento.
"Seguimos moderadamente otimistas para 2025, já que um número maior de redes 5G Standalone (5G SA) deve ser lançado em relação a 2024, e mais assinantes continuarão migrando para as redes 5G SA já existentes. Além disso, as redes de voz parecem estar retomando o crescimento, com mais implementações do Núcleo IMS à medida que as redes de núcleo de comutação de circuito são desativadas, além da introdução de novas redes voz sobre nova rádio (VoNR)", acrescentou Bolan.
