Jundiaí e Uberaba também fecham cerco contra excesso de cabos em postes

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Foto: Prefeitura de Jundiaí

Cresce a cada dia o número de cidades que estão fechando o cerco contra o excesso de cabos em postes, na falta de uma nova regulação federal para o tema. Jundiaí (SP) e Uberaba (MG) são algumas das integrantes mais recentes da lista.

Na última segunda-feira, 17, a prefeitura da cidade paulista iniciou atividades de reordenamento dos cabos de telecom que utilizam os postes da distribuidora elétrica local (a CPFL). Segundo a gestão municipal, os objetivos da força-tarefa são eliminar cabos soltos ou em desuso e "garantir mais segurança e estética" nos espaços públicos.

O primeiro dia de trabalhos ocorreu no bairro Novo Horizonte, onde equipes especializadas iniciaram o alinhamento e retirada de materiais excedentes ao lado de representantes da CPFL e do Departamento de Iluminação Pública da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos (UGISP) da cidade.

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Segundo a prefeitura de Jundiaí, as operadoras foram notificadas previamente e também acompanharam os trabalhos nos locais indicados pela concessionária. A previsão é que a ação seja realizada em 40 postes por dia, seguindo um cronograma das regiões mais críticas e que ofereçam riscos à população.

Nos próximos 30 dias, o reordenamento será realizado nos bairros de Almerinda Chaves e Novo Horizonte, indicou a gestão jundiaiense. Na sequência, as ações serão priorizadas no Residencial Jundiaí e Distrito Industrial, totalizando 1.730 postes e 35 km de rede em 60 dias.

Uberaba

No caso da mineira Uberaba, operadoras de telecom receberam um prazo de 30 dias para elaborar planos de ação para a retirada de cabos inutilizados. A medida faz parte de ação liderada pela Secretaria de Serviços Urbanos e Obras (Sesurb) para a remoção de cabos soltos e quebrados na cidade.

Um piloto dos trabalhos já ocorreu no início de fevereiro; agora, novos ciclos de encontros estão agendados para março, segundo o portal JM Online – que citou a distribuidora de energia Cemig e as operadoras Algar, Claro, TIM, Vivo e Giga+ como algumas das empresas envolvidas.

No momento, a prefeitura de Uberaba avalia participação positiva das operadoras, mas não descarta medidas como multas no caso de falha na execução das ações. Foi definido que os planos de ação deverão ser executados dentro de seis meses, em um conjunto de 38 bairros uberabenses.

Cenário

Como apontado por TELETIME nos últimos meses, tem crescido o número de cidades que agem por conta própria diante do desordenamento das redes aéreas nos postes. O caso mais célebre é o de Porto Alegre, mas ações recentes como em Teresópolis (RJ) também foram registradas.

No momento, os setores de telecom e energia aguardam definição da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre um novo regramento para o tema. A reguladora engavetou em 2024 um processo sobre o compartilhamento de postes entre as duas cadeias, após discordâncias com o governo federal e com a Anatel a respeito das novas regras.

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