Smartphones com IA podem impulsionar 5G no País, dizem Claro e Samsung

Da esq. à dir.: Gustavo Assunção, vice-presidente de mobile experience da Samsung Brasil, e Paulo César Teixeira, CEO da unidade de Consumo e PME da Claro - Foto: Divulgaçao

Smartphones com tecnologia de ponta, como a inteligência artificial (IA) generativa, têm potencial para acelerar ainda mais a implementação do 5G no Brasil, segundo executivos de Claro e Samsung. Nesta quinta-feira, 18, as empresas estiveram presentes em uma das lojas da operadora, na zona sul de São Paulo, para celebrar a chegada da linha Galaxy S24 ao varejo.

Os novos dispositivos da fabricante sul-coreana, Galaxy S24, S24 e S24 Ultra, possuem como grande atrativo a incorporação de uma IA generativa própria, chamada de Galaxy IA. A tecnologia pode auxiliar os consumidores em diversas tarefas do dia a dia.

Algumas delas podem ser realizadas usando apenas a inteligência do próprio dispositivo, como as ligações telefônicas com traduções simultâneas em até 35 línguas e a transcrição inteligente de áudios do gravador. Mas se o usuário quiser organizar os áudios das gravações em notas ou produzir resumos, ele precisará do acesso à rede de telecomunicações.

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As features que dependem da internet, naturalmente, rodam melhor no 5G – um movimento que pode impulsionar o mercado, afirma Gustavo Assunção, vice-presidente de mobile experience da Samsung Brasil.

"Quando você olha o mercado dos smartphones no ano passado, ele ficou estável. A categoria de preço que mais sofreu definitivamente foram os telefones 4G. O 5G é a única via de crescimento do negócio. Se você pegar a taxa de crescimento, a adoção do 5G é muito forte", diz Assunção.

"A experiência de ter uma rede no aparelho como a 5G é muito melhor, muito mais satisfatória, do que com a rede 4G. Então, esse é o início do trabalho que estamos fazendo aqui. Nós estamos, com uma vista de orientação, inaugurando uma era de AI em dispositivos móveis", completa o VP da Samsung.

O próprio desenvolvimento da inteligência artificial para os telefones foi pensado para acontecer no 5G, admite André Vargas, diretor de produtos da Samsung. Isso não significa o uso das demais redes vá impedir o uso. "Proibitivo ele não é, mas a experiência acaba tendo questões de velocidade. Pela quantidade de informações que estão sendo tratadas, a experiência não fica tão boa quanto é com o 5G", diz.

Barreiras para a adoção do 5G

Para Paulo César Teixeira, CEO da unidade de consumo e PME da Claro, iniciativas com IA embarcada ajudam a demonstrar para o consumidor de forma prática os benefícios da rede de quinta geração – presente em apenas 282 municípios brasileiros ao final de 2023. Segundo o executivo, para projetos que miram o longo prazo, não faz mais sentido investimentos em redes de quarta geração.

"O tráfego está crescendo de uma maneira tão importante que não faz sentido você expandir a capacidade em 4G", diz. "Então, essas 300 [cidades] vão crescer de uma forma muito mais rápida do que cresceu em outras tecnologias. Por eficiência espectral, você tem muito mais tecnologia disponível e também a vantagem dos serviços que poderão ser explorados a partir daí."

De acordo com Teixeira, um dos entraves para o 5G deslanchar no País ainda são os preços dos dispositivos, considerados elevados. A própria linha Galaxy começa com R$ 5,9 mil e alcança os R$ 12,9 mil, na versão Ultra de 1 terabyte. 

Mas há alternativas, como a oferta de aparelhos de entrada, que custam em torno de R$ 1 mil, e facilidades no pagamento. Hoje, 30% do tráfego da Claro em São Paulo já ocorre no 5G, acrescenta Teixeira. "Então, já é significativo."

"Mesmo quem está em localidades onde ainda não chegou o 5G, não vai comprar um aparelho 4G. Se amanhã chegar o 5G, lógico que ele [o usuário] vai aderir. Então, do ponto de vista interacional do setor, essa tecnologia é mais acessível, sem dúvida. O trabalho que a gente vem fazendo foi nesse sentido", diz o CEO da unidade de consumo e PME da Claro.

"A tecnologia tem uma curva de adoção muito mais acelerada que as tecnologias anteriores. E existe essa questão dos aparelhos que a gente conseguiu, como a indústria, ser extremamente competitiva e rapidamente ter dispositivos de entrada a preços acessíveis", conclui Teixeira.

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