Fórum SBTVD apresenta resultados dos testes do novo padrão da TV digital aberta

O Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD) apresentou nesta terça, 18, resultados dos testes de laboratório e de campo do Projeto TV 3.0. As tecnologias aprovadas, após cinco meses de testes, serão recomendadas para a Fase 3 do projeto de evolução da TV.

O novo padrão trará avanços como mais qualidade de som e imagem, conteúdo segmentado geograficamente e de acordo com o perfil do telespectador, integração ainda mais transparente entre TV aberta e Internet – combinando os serviços de radiodifusão e internet. O Fórum SBTVD prevê o lançamento da TV 3.0 em 2024. A expectativa dos radiodifusores é que a TV Digital 3.0 possa ser uma resposta aos modelos e à concorrência decorrentes do avanço das plataformas de streaming. Também será uma forma de intergrar radiodifusão e redes de banda larga de maneira mais eficiente.

Fase 3

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Na Fase 3, o Fórum SBTVD dará andamento aos testes complementares para seleção da tecnologia da camada física, desenvolvimento das adaptações e extensões necessárias à especificação da camada de transporte, avaliação subjetiva da qualidade da codificação de vídeo (determinação do bitrate necessário), desenvolvimento de adaptações e extensões para DTV Play para TV 3.0 Codificação de Aplicativos, elaboração de normas técnicas ABNT para TV 3.0, desenvolvimento de testes de interoperabilidade, demonstrações, entre outras atividades.

Para Luiz Fausto, coordenador do Módulo Técnico do Fórum SBTVD, o Projeto TV 3.0 mantém o Brasil na vanguarda da TV Digital no mundo. "Assim como fizemos ao especificar o primeiro sistema de TV Digital do Brasil em 2007, estamos trabalhando para desenvolver o melhor sistema de TV Digital para o futuro do Brasil. Os resultados da Fase 2 foram excelentes, confirmando que estamos na direção certa".

Segundo Luiz Cláudio da Silva Costa, presidente do Fórum SBTVD, o resultado da Fase 2 do Projeto TV 3.0 se deve à parceria entre o Fórum SBTVD e o Ministério das Comunicações. "Continuaremos contando com o apoio do Ministério das Comunicações ao longo das próximas etapas desse projeto, para que possamos juntos completá-lo e entregar à população brasileira, mais uma vez, o melhor sistema de TV Digital possível, mantendo seus atributos como ferramenta de acesso gratuito, universal e democrático à informação e entretenimento, e como importante fator estratégico para a integração nacional e coesão social."

Alguns pontos de definição ainda dependem de testes. São eles:

Camada Física
* A camada física do padrão depende de testes adicionais. Condição para participação: fornecer equipamentos com suporte a reuso-1, MIMO e channel-bonding. Apenas os 2 melhores resultados de laboratório seguem para testes de campo. A tecnologia só seria selecionada ao final da segunda rodada de testes caso a taxa na condição de reuso seja suficiente, caso contrário a condição de reuso precisará ser revista.

Camada de Transporte
* Adotar a tecnologia ROUTE/DASH como base da camada de transporte da TV 3.0 e adaptá-la/estendê-la para suportar todos os requisitos do projeto e as tecnologias a serem adotadas nas demais camadas;
* Manter o suporte opcional a streaming HLS para a distribuição de conteúdo alternativo pela Internet.

Video Base Layer
* Adotar o VVC para o vídeo principal (tanto over-the-air quanto pela Internet) e realizar avaliações subjetivas de qualidade de vídeo para determinar o bitrate necessário para codificação real-time em diferentes resoluções (considerando apenas base layer e em combinação com a camada de enriquecimento);
* Avaliar a codificação de vídeo mais adequada para transmissão de segundo vídeo com intérprete de língua de sinais;
* Manter o suporte a vídeo H.264 e H.265 para a distribuição de conteúdo alternativo pela Internet.

Video Enhancement
* Adotar uma combinação de Dynamic Resolution Encoding e LCEVC.

HDR DM
* Adotar o HDR10 como base (formato já suportado em todos os televisores HDR), com suporte opcional aos metadados dinâmicos Dolby Vision, HDR10+ e SL-HDR2 (tanto over-the-air quanto pela Internet);
* Manter o suporte opcional ao HLG e ao SL-HDR1 para a distribuição de conteúdo alternativo pela Internet.

VR Codec
* Adotar o V3C para inclusão nas normas da TV 3.0 (o suporte não será obrigatório em todos os receptores; foco em distribuição de conteúdo pela Internet e consumo em smartphones e HMDs).

EWBS Manager
* Adotar o ATSC 3.0 AEA.

Video
* Adotar o MPEG-H para a distribuição over-the-air e pela Internet;
* Manter os demais formatos de áudio suportados atualmente na TV 2.5 para distribuição de conteúdo alternativo pela Internet (incluindo suporte opcional ao AC-4).

Captions
* Adotar o IMSC1 para a distribuição over-the-air e pela Internet;
* Manter o suporte opcional ao WebVTT para a distribuição de conteúdo alternativo pela Internet.

Codificação de Aplicações
* Adaptar e estender o DTV Play, incluindo as propostas satisfatoriamente testadas (MPEG-H Audio, Guaraná e NCL 4.0) e considerando incluir partes das propostas Advanced ISDB-T, DTNEL Application Coding e ATSC 3.0 (a depender do resultado das suas prototipações);
* Preencher os gaps de requisitos que não foram satisfatoriamente preenchidos pelas propostas recebidas, quando necessário.

 

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