Viasat cumpre compromissos do Gesac, mas mantém planos comerciais suspensos até renegociação

A parceria entre Viasat e Telebras está plenamente operacional no que diz respeito ao atendimento das obrigações do Gesac, mas a companhia norte-americana colocou todo o resto de sua estratégia em compasso de espera até que a renegociação da joint-venture com a estatal brasileira esteja concluída, para cumprir as determinações impostas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O prazo para a conclusão das conversas é 6 de fevereiro de 2019, mas Lisa Scalpone, responsável pela operação da Viasat para o Brasil, espera uma conclusão do processo antes disso.
Entre as atividades que foram colocadas em marcha lenta estão todos os planos de serviços comerciais (como os serviços de banda larga residencial, empresariam e embarcada, assim como os serviços de wifi comunitário. Perguntada se a empresa estaria em outra situação caso o acordo com a Telebras não tivesse sido suspenso por tanto tempo na Justiça e pelo TCU, e se agora não houvesse a necessidade de renegociação, Scalpone confirma que a esta altura a Viasat provavelmente já estaria com todos os serviços inicialmente planejados em operação.
Ela reconhece que as idas e vindas no acordo com a Telebras geram insegurança entre os executivos e investidores da Viasat, e que explicar a situação tem sido um desafio. Ela diz que a Viasat está acostumada a lidar com governos e estatais em outros países, o que é sempre complicado, mas que no Brasil a situação foi especialmente complexa. Para a Viasat, o fundamental para a renegociação com a Telebras, em função das determinações do TCU, é que seja possível chegar a um modelo viável, e ela admite que existe um risco grande de que o modelo não seja viável, especialmente porque a empresa perdeu muito tempo com a suspensão da parceria e houve uma significativa degradação do câmbio. Mas ela se mostra confiante de que será possível apresentar ao TCU um modelo bom para a Telebras e para a Viasat.

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Vale lembrar que o Tribunal de Contas da União julgou que a parceria com a Viasat foi feita de forma legal, mas que as condições dadas à estatal brasileira estariam desequilibradas em relação aos benefícios dados à empresa norte-americana, por isso determinou a renegociação de alguns pontos do contrato para reequilibrara a situação. Lisa Scalpone diz que nenhuma das partes pretende contestar a decisão ou os cálculos do TCU.

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