A Oi lançou nesta segunda-feira, 17, o seu serviço de fibra óptica em casa (FTTH, na sigla em inglês), com velocidades de 50 Mbps a 200 Mbps e TV por assinatura com a tecnologia IPTV. Por enquanto, a instalação está disponível apenas em alguns prédios na Barra da Tijuca e na Zona Sul do Rio de Janeiro. Depois a companhia levará a operação para Belo Horizonte e outras capitais, mas não revelou o cronograma. O IPTV está sendo prestado com a autorização do Serviço de Acesso Condicionado (SeAC), que permitiu a entrada das teles no mercado de TV a cabo. A plataforma de IPTV foi fornecida pela Microsoft e integrada pela Alcatel-Lucent. A empresa não abriu os valores investidos no projeto e nem uma estimativa de base de clientes para o primeiro ano de operação. "Nosso objetivo é aumentar o churn dos concorrentes. Muitas pessoas vão retornar a ser clientes completos da Oi", disse o presidente da companhia, Francisco Valim.
Chama a atenção algumas das funcionalidades do IPTV da Oi, como a possibilidade de pausar a TV ao vivo e retroceder até 90 minutos da programação de qualquer canal. Isso é possível porque o gravador digital embutido no set-top box está sempre em funcionamento, registrando tudo o que o usuário assiste. Há também uma opção batizada de "Outra vez", presente em 15 canais, que permite ao assinante acessar conteúdo de até sete dias atrás. Nesse caso, o armazenamento é feito no headend da operadora. Outros 15 canais terão essa funcionalidade em breve.
Merece destaque a rapidez na troca de canais, que acontece em apenas 200 milissegundos, enquanto que a média em outras operadoras é de 2 segundos. "Acabou a tela preta na hora de trocar o canal", brincou Valim.
A interação com mobilidade faz parte do projeto: pode-se controlar a TV através do tablet e do smartphone, que funcionam como um controle remoto, ou mesmo assistir à programação na própria tela do dispositivo móvel. Para tanto, foram desenvolvidos aplicativos em iOS e Android que em breve estarão disponíveis para download nas suas respectivas lojas.
No menu do set-top box, há uma série de aplicativos, como Facebook, Flickr e Picasa, o que, na prática, transforma qualquer TV em uma "smart TV". Outros apps presentes são a TViG, com vídeos do portal web; o "Jornaleiro Oi", com as capas dos principais jornais e revistas do Brasil; e um karaokê. Há também uma locadora virtual, com milhares de títulos para assistir em streaming, batizada de
"Oi Locadora".
Preços, instalação e programação
A programação é muito próxima daquela oferecida pela Oi TV em DTH, incluindo os canais da Globosat e HBO, por exemplo, e muitas opções em alta definição (HD).
A instalação é gratuita e pode abranger até cinco pontos dentro de uma mesma residência sem custo adicional. Os 5 mil primeiros clientes que contratarem o serviço ganharão o dobro de velocidade na Internet pelos primeiros 12 meses. O plano mais barato com TV, Internet e telefonia fixa se chama "TV Mais HD", custa R$ 199,80 e é composto por 100 canais, 50 Mbps (100 Mbps no primeiro ano) e telefone fixo no plano controle. O plano mais caro se chama "TV Mega HD", custa R$ 239,80 e é composto por 131 canais, 100 Mbps (200 Mbps no primeiro ano) e telefone fixo no plano controle. Também é possível adquirir a TV e/ou a banda larga separadamente, com preços variados, assim como adicionar a fibra a um plano Oi Conta Total já existente.
Para verificar a disponibilidade do serviço em seu endereço e agendar a instalação, basta acessar o site www.oi.com.br/fibra. Este noticiário testou dois endereços na Zona Sul carioca (um na Gávea e outro em Botafogo) e em nenhum dos dois o serviço está disponível ainda. A explicação da companhia é que nem todos os prédios permitiram ainda a passagem da fibra, pois requerem aprovação do síndico ou de assembleia de moradores. Em prédios antigos há também dificuldades de passagem de novos cabos pois não foram planejados para tal.