Uma das grandes indicações de fornecedores durante a Futurecom nesta semana em São Paulo é a tentativa de chamar a atenção das operadoras e de empresas com redes próprias para a necessidade de modernizar a infraestrutura. Seja com virtualização de funções de rede (NFV), seja com redes definidas por software (SDN), a tendência é que essas tecnologias sejam o próximo passo na evolução da infraestrutura para aumentar a flexibilidade e, ao mesmo tempo, reduzir o Capex e o Opex.
"O Brasil é muito parecido com os Estados Unidos em ambos, NFV e SDN", diz o diretor de marketing da Huawei Enterprise, Ajay Gupta, referindo-se ao interesse do mercado nos dois países. "São pessoas (de TI e de redes) que querem entender o buzz. Prevejo que a adoção comece em dois anos mais ou menos", afirma. "A arquitetura antiga está com os dias contados".
Gupta explica que, cedo ou tarde, a modernização das redes chegará às telecomunicações. "É como no mercado de cloud: há cinco anos, era apenas hype, mas agora já virou mainstream", diz o diretor de marketing, referindo-se mais ao mundo de TI. "Não estou dizendo que todos precisam de SDN, mas há casos em que isso vai acontecer em dois ou três anos", reforça, ressaltando ainda que, para a tecnologia "pegar", é preciso que haja mais desenvolvimento de aplicativos para essa camada.
"Estamos muito próximos às operadoras, a gente traz a experiência de fora", acrescenta o diretor de marketing da Huawei Enterprise no Brasil, Rômulo Horta. Ele explica que, para essas empresas, é necessário realizar extensivos testes para determinar como implantar essas novas soluções e, por isso, ainda há alguma reticência.
Para reforçar a tendência, a fornecedora chinesa trouxe nesta semana ao Brasil sua suíte de soluções Agile Network. "É a forma mais simples de trazer o SDN, pode ser gradual, não precisa trocar a rede toda", comenta Horta. As soluções são abertas e interoperáveis com plataformas como VMware, Microsoft CloudOS, OpenStack e Huawei FusionSphere. A ideia é atender áreas como governo, finanças, serviços médicos, grandes empresas, transporte, educação e mídia.
