Após um mês em que a subnotificação dos ISPs alterou a análise das tendências da base de celulares no Brasil, o levantamento da Anatel no período de julho permitiu uma fotografia mais próxima da realidade do mercado. Os dados, divulgados nesta semana, apontam para uma realidade em que o 4G domina o cenário – e vai continuar crescendo, pelo menos até a chegada do 5G.
No total, o mercado avançou 0,55%, ou 1,360 milhão de adições líquidas. Com isso, as operadoras encerraram julho com 246,792 milhões de acessos. Este é o mesmo patamar em que o mercado estava em dezembro de 2016.
O 4G teve a base corrigida em junho, quando contou com crescimento de 1,01% comparada ao mês de maio. Em julho, o aumento foi de 1,21%, totalizando 190,189 milhões de chips com a tecnologia. Isso significa que pouco mais de 77% da base brasileira de celulares utiliza a rede LTE.
O crescimento indica novas adições, uma vez que a queda do 2G e do 3G somadas são menos da metade do crescimento do LTE. No caso da segunda geração, o recuo foi de 1,49%, total de 26,545 milhões de linhas. Já para o 3G, a queda foi mais acentuada: de 1,65%, total de 30,057 milhões de acessos.
Grupos no 5G
Agora com o número de prestadoras de pequeno porte consertado em junho (de pouco mais de 1 milhão para 3,783 milhões), observa-se que na realidade houve crescimento naquele mês, de 2,6%. E em julho, novamente as PPPs aumentaram a base, obtendo o maior avanço mensal: 2,09%, totalizando 3,862 milhões de linhas.
Enquanto isso, todas as grandes operadoras cresceram, com destaque para a Claro em adições líquidas (680,6 mil), encerrando o mês com 51,070 milhões de acessos. A Oi também obteve um crescimento proporcional só superado pelas PPPs – de 2%, total de 30,592 milhões de acessos.
Contudo, a fatia de cada empresa não mudou muito em relação a junho, desconsiderando-se o erro na base dos pequenos provedores. Vivo continua líder, com 59,921 milhões de acessos (crescimento de 0,88%), e a TIM foi a de menor avanço (0,87%), total de 44,742 milhões de chips. Confira no gráfico abaixo.
Pré/Pós
O pós-pago continuou a aumentar em julho (0,71%), e agora responde por 52,20% do mercado, com 128,828 milhões de contratos. O pré-pago, que desde o começo da pandemia tem retomado o ritmo de crescimento, teve a base 0,38% maior no mês, encerrado com 117,963 milhões de acessos.
Quando vocês dizem que "o pós-pago continuou a aumentar" entende-se também os planos controle?
Isso Jeferson. Para a Anatel, os planos controle são contabilizados como pós-pago.