Regulamentação e custos limitam adoção do PLC no Brasil

Há alguns anos, várias distribuidoras de energia no Brasil vêm testando soluções de acesso à internet através de Powerline Communications (PLC), tecnologia que permite a transmissão de dados pela rede elétrica. Porém, algumas barreiras dificultam o lançamento comercial de tais serviços. As principais delas são regulatórias. Segundo o consultor Cyro Boccuzzi, da Andrade & Canellas Consultoria, a regulamentação brasileira para o setor elétrico exige que haja redução na tarifa de energia em caso de uma concessionária criar novas fontes de receita, por exemplo. "Sendo assim, por que alguém vai trocar o certo pelo incerto?", pergunta o especialista. Ele se queixa também da falta de linhas de financiamento para projetos de PLC e lembra que nos EUA o órgão regulador permite que as concessionárias aumentem um pouco a tarifa caso se comprometam a investir em tecnologias emergentes, como a PLC.
O presidente da Aptel (Associação das Empresas Proprietárias de Infra-estrutura e de Sistemas Privados de Telecomunicações), Pedro Jatobá, aponta outro obstáculo: a falta de produção nacional de equipamentos de PLC. Hoje, é tudo importado, o que encarece os projetos.
Vale lembrar que a rede elétrica chega a 98% dos domicílios brasileiros, índice muito maior que o da telefonia fixa. Para o presidente da Aptel, a PLC pode ser no futuro uma opção interessante para a universalização do acesso à internet no País.

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Jatobá e Boccuzzi participaram nesta quarta-feira, 17, do Seminário Nacional de Telecomunicações 2008, organizado pela Aptel, no Rio de Janeiro.

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