Contra ações judiciais, Fenattel mantém diálogo com BrOi

As polêmicas que rondam a união das concessionárias Brasil Telecom e Oi chegaram ao campo dos sindicatos trabalhistas. Com métodos opostos, as duas maiores federações representativas dos trabalhadores em telecomunicação resolveram vir a público para defender os direitos dos funcionários das companhias após a fusão. A diretoria da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas (Fenattel) defende o diálogo com as companhias como o melhor método de conciliação dos interesses dos trabalhadores. A entidade não se opõe a uma eventual fusão. Enquanto isso, a Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fittel) tem estimulado os seus 20 sindicatos associados a entrarem com representações contra a união das companhias.
A estratégia da Fittel, divulgada nesta quarta-feira, 17, em matéria do jornal Folha de S. Paulo, já surtiu resultado. Representação do sindicato no Rio Grande do Sul foi acolhida pelo Ministério Público Federal (MPF) que decidiu abrir um inquérito sobre a compra. Ainda de acordo com a publicação, o sindicato na Paraíba entrou com representação semelhante. Outros núcleos sindicais ainda estudam se irão aderir ao movimento proposto pela federação.
Também nesta quarta, a Fenattel, que representa 60% dos trabalhadores do setor e tem, entre seus afiliados, boa parte dos funcionários da Brasil Telecom, decidiu tomar posição diversa da Fittel. Em nota oficial, a diretoria da Fenattel se declarou aberta ao diálogo com as empresas e "defende que esta deve ser, nas condições democráticas que vivemos, a atitude séria e de princípios das lideranças sindicais".

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A Fenattel, inclusive, esboça um apoio à união das companhias. A federação reconhece que a construção de "uma grande empresa de telecomunicações, com controle nacional de capitais públicos, atende à necessidade de preservação no contexto econômico dos interesses nacionais e até mesmo da soberania nacional".
Mesmo com posições opostas com relação ao método de garantir os direitos dos trabalhadores, a principal preocupação das duas instituições é a mesma: a garantia de emprego dos funcionários, sendo ambas contra qualquer tipo de programa de demissão para viabilizar o negócio.

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