Clientes das teles agora poderão incluir informações no Cadastro Positivo

Os clientes de serviços de celular, telefonia, TV paga e Internet agora poderão incluir dados de histórico de pagamento deste serviços no Cadastro Positivo. Segundo as empresas, a medida permite facilitar a obtenção de crédito "mais justo" e com menos burocracia para quem pode pagar suas contas regularmente. A adesão ao Cadastro Positivo depende de cada cliente em aceitar colocar seus dados em troca desses benefícios.

A disponibilização do serviço para os clientes de telecom é fruto de uma parceria formalizada nesta sexta-feira, 17, entre o SindiTelebrasil e a Associação Nacional do Bureaus de Crédito (ANBC). As empresas de telecomunicações serão as primeiras, após as instituições financeiras, a compartilhar essas informações com os birôs de crédito operadores do Cadastro Positivo (Boa Vista, Quod, Serasa e SPC), e a expectativa é que o processo tenha início no final de setembro.

Segundo o SindiTelebrasil, a entrada do segmento de telecom no banco de dados tende a promover a inclusão de brasileiros que não têm conta bancária e estão fora do mercado de crédito por falta de informações para avaliação, além de significar um avanço para as ferramentas de análise de crédito.

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Juros

Segundo Marcos Ferrari, presidente executivo do SindiTelebrasil, "a capilaridade do setor de telecom, presente em todas as camadas da sociedade, nos permite contribuir com essa iniciativa para facilitar a vida dos brasileiros, especialmente daqueles que têm histórico de bom pagador", lembrando que o setor tem hoje cerca de 200 milhões de acessos pós-pagos, considerando todos os serviços de telecomunicações.

"É muito difícil encontrar um mercado de crédito que funcione a contento sem um histórico de informação sobre os tomadores de crédito compartilhado com todos os potenciais credores. O Cadastro Positivo traz compartilhamento seguro da informação, o que, pela experiência internacional, fará as taxas de juros caírem", avaliou o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central (BC), João Manoel Pinho de Mello.

Somente o serviço de celular era responsável por 111,1 milhões de acessos pós-pagos em maio, conforme analisado pelo TELETIME, com uma tendência de queda desde o começo da pandemia do coronavírus. O risco de inadimplência é um temor para as teles, embora os primeiros resultados do período ainda não tenham mostrado impacto mais severo da crise nas receitas.

Segurança dos dados

Segundo o SindiTelebrasil, o envio dos dados aos birôs de crédito foi desenhado para garantir a segurança do processo, em todas suas etapas, assim como a correta interpretação das informações. A entidade alega que isso beneficia os consumidores, que agora poderão contar com esses dados em seus históricos do Cadastro Positivo. A estimativa é que em até 90 dias essas novas informações estejam disponíveis no Cadastro Positivo. (Colaborou Bruno do Amaral)

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