A conectividade em carros é aguardada por motoristas no mundo inteiro, mas no Brasil ainda não é o motivo principal considerado na hora de adquirir um veículo novo, de acordo um estudo da Telefónica divulgado nesta quinta-feira, 17. Apesar disso, o brasileiro é maleável e considera diferentes opções na hora de pagar pelo serviço. A pesquisa foi realizada pela YouGov a pedido da companhia espanhola com 5.012 adultos da Alemanha, Brasil, Espanha, Estados Unidos e Reino Unido entre os dias 13 e 20 de janeiro deste ano.
Segundo o levantamento, o brasileiro ainda não dá tanta importância à conectividade em carros na hora da compra. O relatório diz que a marca do veículo é o motivo mais importante para 27% dos entrevistados, seguido de economia de combustível (24%) e aparência geral (22%). A capacidade de conexão com um smartphone é importante para 14%, enquanto a conectividade integrada é o recurso apontado por 13%.
De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados brasileiros preferem pagar de uma vez só por esses serviços com o custo incluído no preço do próprio veículo. Além disso, 55% gostariam de ter a conectividade básica (o acesso à rede móvel) com opção de escolha de serviços adicionais. O pagamento apenas por serviços utilizados foi mencionado por 56% dos entrevistados.
Como demonstra já outras pesquisas relacionadas a dispositivos móveis, 47% dos motoristas brasileiros estão dispostos a compartilhar informações sobre hábitos e locais de condução em troca de redução nos custos de seguro de carro.
Mundo
Esse mercado deverá ter uma forte expansão nos próximos seis anos, segundo a Telefónica. A empresa prevê que o número de carros conectados sairá dos atuais 10% para 90% em 2020. Naturalmente, isso levará a um maior consumo da rede: o levantamento cita uma análise da empresa de pesquisas de tecnologia iGR, que prevê que o uso de dados em redes móveis gerados por carros conectados crescerá 188% até 2019.
Quando perguntados quais recursos mais importantes, 73% dos motoristas responderam segurança e diagnóstico. Além disso, 60% gostariam de poder usar o smartphone ou tablet para verificar o carro antes de pegar a estrada, por exemplo.
Assim, 61% acham que a conectividade permite mais controle para entender quando há algum problema no carro, e quase a metade (44%) acredita que a tecnologia permitiria dar maior precisão para conferir o orçamento fornecido em oficinas mecânicas em caso de reparo. Por isso, 69% acreditam que poderiam executar um diagnóstico do carro com a mesma facilidade de usar um telefone ou tablet.
O recurso também poderia ser empregado para analisar o comportamento do motorista. Mais de 40% consideram que as apólices de seguro baseadas no uso são um recurso desejável em um carro conectado.
A forma como usar essa tecnologia deverá seguir o padrão atual exibido pelas soluções da Apple (CarPlay) e do Google (Android Auto), com telas sensíveis ao toque no veículo. Mais de 60% afirmam preferir acessar os serviços conectados por meio de um painel de instrumentos.
No entanto, há ainda um longo caminho para que esse recurso seja considerado essencial. Para 40% dos entrevistados dos cinco países, a tecnologia de conectividade, uma vez difundida, será indispensável.