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WAC encerra atividades

A WAC (Wholesale Applications Community) chegou ao fim, ao menos enquanto entidade autônoma. Foi anunciado nesta terça-feira, 17, que os ativos tecnológicos desenvolvidos pela WAC foram vendidos para a norte-americana Apigee, notoriamente as APIs para desenvolvimento de apps conectados às redes das operadoras e um Web Run Time, que a adquirente se compromete a manter sempre atualizados. Os projetos da WAC, contudo, não morrerão: eles serão incorporados pela GSM Association (GSMA), tornando-se acessíveis a todos os 800 membros da associação. Parte dos funcionários da WAC será absorvida pela Apigee e parte retornará às suas operadoras de origem. O valor da venda para a Apigee não foi divulgado.

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A WAC foi fundada em 2010 por um grupo de 24 grandes operadoras celulares internacionais com o objetivo original de desenvolver uma plataforma única para a distribuição de aplicativos móveis, uma espécie de app store no atacado, em que os desenvolvedores publicassem uma única vez e pudessem ter seus títulos distribuídos simultaneamente pelas lojas privadas das teles participantes. O projeto virou realidade em algumas operadoras asiáticas, como as sul-coreanas SK Telecom e KT, mas demorou a engatar no resto do mundo, gerando dúvidas sobre seu futuro. A Telefónica chegou a integrar suas lojas de apps à WAC na Alemanha, Espanha e Argentina, mas em abril deste ano as lojas foram fechadas.

Em fevereiro passado, a WAC deu sinais de que trilharia caminhos diferentes, ao anunciar a criação de uma API voltada para o pagamento integrado às plataformas de billing das operadoras. Teles como AT&T, Deutsche Telekom, KT, LGU+, SK Telecom, Smart Communications, Telefónica O2 e Telenor se adequaram ao sistema, permitindo que desenvolvedores incluíssem ferramentas de vendas in-app cuja cobrança acontece nas contas telefônicas dessas teles. Essa API de pagamento agora está disponível para todos os membros da GSMA.

Análise

A experiência da WAC, embora não tenha atingido o sucesso que se esperava dela inicialmente, pelo menos serviu para mostrar que as operadoras conseguem se unir e trabalhar em conjunto, deixando como legado principal a API de pagamento. As plataformas de billing das teles são um dos seus principais ativos e ainda é muito pouco explorado. Cada vez mais veremos daqui em diante acordos entre teles e provedores de conteúdo (principalmente app stores) para o uso do chamado "billing direto", ou seja, a cobrança na conta telefônica. Isso tem particular relevância em países emergentes, onde a penetração de cartão de crédito é baixa. Vale destacar o exemplo recente da Telefônica, que firmou parcerias do gênero com Facebook, Google, Microsoft e RIM. Neste caso, porém, não foi usada a plataforma da WAC.

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