Analistas do mercado de ações têm admitido a falta de confiabilidade em qualquer prognóstico a respeito de Embratel. Dificuldade que, aliás, se expressa na altíssima volatilidade de seu principal papel na bolsa (EBTB4), que chegou a apresentar uma alta de 9% e fechou com queda de 0,64%, em R$1,55, nesta quarta, 17.
Do lado externo, a notícia era boa: cerca de 25 bancos credores da WorldCom estavam prestes a fechar um acordo com a empresa a respeito de parte da sua dívida. E isso poderia dar um horizonte para o futuro do controle da companhia, nos Estados Unidos e, no Brasil, na Embratel. A falência, porém, não pode ser descartada porque há muitas questões legais como, por exemplo, a disputa de prioridade entre bancos credores e portadores de títulos da empresa.
No front interno, a situação continua negativa. Apesar das declarações do ministro das comunicações, Juarez Quadros, de que a Embratel não vai quebrar em seis meses com as atuais regras (e preços) de interconexão, é sabido que a simples manutenção do status quo impede que a companhia cresça.
A próxima data de nervosismo da Embratel já está marcada: 23 de julho, terça-feira, quando serão apresentados os seus prejuízos referentes ao segundo trimestre de 2002.