[Atualizada em 18-06] A Viasat e a Arianespace alteraram o acordo original assinado em 2016 para o lançamento do satélite ViaSat-3. Segundo informaram as empresas nesta segunda-feira, 17, a modificação é o veículo: em vez do Ariane 5 ECA, as companhias combinaram de efetuar o lançamento por meio do foguete de nova geração Ariane 64 (A64), o que tornará a operadora norte-americana como a primeira cliente comprometida com a aeronave. A justificativa dada é que o A64 pode permitir a operacionalização do satélite de forma mais rápida, "adicionando mais efetividade, eficácia e flexibilidade".
O Ariane 64 tem arquitetura modular baseada em estágios que são abastecidos com módulos inferiores e superiores de propelente líquido que, por sua vez, são suplementares aos quatro motores a jato de combustível sólido. A Viasat acredita que a configuração do foguete permitirá adicionar desempenho na entrega do satélite em uma órbita de transferência geoestacionária de alta energia, onde pode começar as operações em órbita de maneira mais rápida.
O novo contrato com a Arianespace faz parte da estratégia da Viasat de diversificar os fornecedores e lançadores para permitir um lançamento "de uma vez só" de todos os satélites da classe ViaSat-3. A companhia espera assim uma "abordagem integrada" para o planejamento dessa etapa. As atribuições específicas das missões para cada veículo contratado serão divulgadas pela empresa futuramente.
Os satélites da constelação terão capacidade em banda Ka de "mais de 1 Tbps" cada. Apesar de afirmar que o lançamento será simultâneo, a Viasat menciona que os dois primeiros artefatos serão lançados com foco a região da Europa, Oriente Médio e África; e nas Américas. Essa cobertura inclui o Brasil, onde será complementar à capacidade contratada também em banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), que já se encontra pronta para operacionalização desde a liberação do acordo com a Telebras no Tribunal de Contas da União (TCU) em maio.
O foguete Ariane 64 partirá do Centro Espacial Europeu em Kourou, na Guiana Francesa. Segundo informou a este noticiário, a Viasat diz que não haverá alteração no cronograma de lançamento com o novo acordo. A intenção inicialmente era de ter os satélites operacionais em 2020.