Aos credores, Oi detalha estratégia regulatória e comercial

Foto: Steven Goodwin/FreeImages.com

Entre os documentos que a Oi tornou públicos nesta sexta, 17, e que fazem parte do pacote de informações apresentadas na negociação com os credores está uma apresentação sobre o cenário regulatório e sobre a estratégia comercial.

Na apresentação regulatória, a Oi destaca como "próximos passos" a estratégia de continuar a abordar a discussão para resolver as incertezas como bens reversíveis e expansão da banda larga. Diz ainda que pretende "avaliar e endereçar rapidamente (caso necessário) o voto de revisão de concessão do conselheiro (da Anatel) Otávio Rodrigues – que será feito nas próximas semanas". Pretende publicar um estudo em grupo de trabalho de concessionárias privadas para criar posição "mais forte e de credibilidade". E também mostrar apoio a possíveis decisões a respeito das mudanças nas concessões feitas pelo ministro interino da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

Em relação aos TACs, afirma que a Oi estará em negociações com a Anatel para definir futuros acordos. A companhia pretende ainda impulsionar as negociações de TAC na Advocacia-Geral da União (AGU), que requerem custos adicionais menores para as condutas de ajustamento. Como alternativas a implantar, considera o poder de a Anatel decidir de forma autônoma, ou do MCTIC dar poderes a Anatel para executar a negociação, ou ainda que o Congresso aprove uma medida específica para achar uma saída.

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Planejamento estratégico

Nos documentos da Oi com o planejamento estratégico sugerido nas apresentações, a empresa ressalta a tendência de dados e convergência entre fixo e móvel no País como pano de fundo para o relançamento do projeto de recuperação da empresa. O plano abrange o período de 2016 a 2020 e espera recuperar o crescimento lucrativo e a posição da empresa no mercado. Para tanto, sugere para a área residencial a proposta de combos, valorizando a base fixa; enquanto para o móvel, pretende oferecer pacotes de dados e serviços universais de voz (all-net), "quebrando a estrutura atual do mercado de (tráfego) on-net". Para as áreas corporativas, aponta para oferta de taxa flat com processos simplificados para PMEs; evoluir portfólio para corporativo; e diversificar fluxos de receita com exploração de oportunidades em mercado não regulado no atacado.

Nas áreas de suporte, em especial de rede, a operadora propõe antecipar investimento em áreas de alto potencial de risco, fechando gargalos de cobertura com outras operadoras – ou seja, compartilhar infraestrutura. Na parte operacional, pretende melhorar a qualidade ao focar em medidas preventivas para conter a deterioração de rede, criando um modelo sustentável para gerenciar a força de campo. Sugere ainda mudar o relacionamento com o cliente ao investir em canais digitais, com soluções de primeira chamada e assistência remota; desenvolver projetos de TI focados em experiência do consumidor e e eficiência operacional e comercial; e promover uma agenda regulatória orientada a sustentabilidade de negócios e desenvolvimento de infraestrutura.

A Oi atualmente conta com 330 mil km de fibra, 45 milhões de homes passed com rede de cobre, 12 milhões de residências conectadas e está presente em 5.477 municípios. A cobertura de Wi-Fi chegou a 2 milhões de hotspots.

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