Tellabs aposta em expansão na América Latina

Produtos de menor custo, alta lucratividade e preparados para atender à demanda por redes multisserviços e o aumento exponencial do tráfego de dados para mercados que concentram grandes investimentos das operadoras de telecomunicações. Esta tem sido a estratégia definida pela Tellabs no final de 2007 para manter o lucro financeiro da empresa, mesmo tendo registrado quedas consecutivas em seu faturamento global nesse período. Para se ter uma ideia, as receitas globais que em 2007 superaram US$ 1,9 bilhão, caíram para US$ 1,5 bilhão em 2009. O lucro bruto, entretanto, manteve-se estável: US$ 674 milhões em 2007 e US$ 666 milhões em 2009. "Passamos a nos focar no que denominamos 'growth products' para 'growth markets', investindo nos segmentos de transporte óptico, mobile backhaul e mobile packet core e ainda business solutions", explica o vice-presidente e gerente geral da Tellabs para América Latina e Caribe, Alberto Barriento. Atualmente, 85% de toda a verba de pesquisa e desenvolvimento da companhia (entre 17% e 18% do faturamento) são aplicados nestes 'growth products'. Como resultado, além da conquista de novos clientes, os growth products foram responsáveis por 65% da receita de US$ 380 milhões alcançada no primeiro trimestre de 2010. Essa porcentagem era de 35% no mesmo período do ano anterior.
Barriento aponta a América Latina como uma das principais apostas da Tellabs para expansão. "Queremos ficar mais próximos dos atuais e potenciais clientes na região e por isso inauguramos há duas semanas o escritório de Buenos Aires, que ficará responsável pelos países do Cone Sul; e até o final do ano anunciaremos oficialmente o escritório de Bogotá, que além de atuar na Colômbia ficará responsável pelos clientes na Venezuela, Equador e Peru", detalha o executivo. Em 2009, 34% do faturamento da empresa veio de fora da América do Norte e a expectativa da empresa é que este percentual seja maior ainda este ano, com crescimento na casa de dois dígitos para a região da América Latina e Caribe e também de dois dígitos para o Brasil.
Trials

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A Tellabs tem conduzido testes de novas soluções como o mobile packet core, adquirida com a compra da empresa WiChorus em outubro de 2009, que pode integrar soluções de 2,5G e 3G com 4G LTE ou mesmo WiMAX e, segundo a fabricante, pode reduzir o capex de 30% a 50%. "A decisão de operadoras pela implantação do LTE ou mesmo aquelas que apresentam um grande tráfego de dados nas redes 3G já estão avaliando nossa plataforma", conta Barriento, sem revelar os nomes das teles em trials.
Outra aposta são as plataformas de transporte óptico que prometem capacidade de banda virtualmente ilimitada, redução de Capex de 60%, redução de Opex de até 85% e redução no número de elementos de rede de até 65%. "A solução está sendo usada pela Verizon, nos EUA. São mais de dois mil nós com plataformas 7100 e que geraram uma redução de custos operacionais de 80% para a tela", afirma Barriento.
"Nem todas as aplicações precisam passar pelo core da rede, pelos roteadores de core. A solução identifica a aplicação e faz o que chamamos de by-pass no tráfego. Por exemplo, em média, 80% do tráfego IP é de internet; então a solução faz um by-pass para que este tráfego de internet não passe pelo core, deixando estes roteadores para aplicações como IP VPN". A tecnologia permite ainda priorização de serviços na rede, inteligência sobre uso, comportamento, localização e demanda por conteúdos em tempo real.

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