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Nosso negócio é velocidade, define AT&T

Se existe um horizonte comum que pode ser percebido na atuação dos operadores de telecomunicações em diferentes pontos do mundo, ele pode ser traduzido pela palavra "velocidade". A tele norte-americana AT&T e a australiana Telstra, por exemplo, dividiram o palco de abertura da NXTComm 2008, evento de telecomunicações que acontece esta semana em Las Vegas, e compartilharam este discurso.
Isso foi sintetizado pelo CEO da AT&T, Randall Stephenson: "se existe algo que define o nosso negócio hoje é a velocidade, e a conectividade é o fundamento básico da velocidade", disse o executivo, relembrando todas as tecnologias que de uma forma ou outra aliaram esses dois conceitos, como o telefone, a televisão e o celular. Hoje, o foco da AT&T está na banda larga, seja ela móvel ou fixa. "O crescimento do tráfego de voz, que muitos consideram como um serviço ultrapassado, ainda é da ordem de 10% ao ano graças à mobilidade. Mas é fato que o tráfego de dados em nossas redes cresce quatro vezes ao ano".
A AT&T mostra-se muito mais entusiasmada com as potencialidades do serviço móvel quando discorre sobre conectividade. Stephenson exibiu orgulhoso o iPhone 3G que chega às lojas em julho (a AT&T foi a primeira operadora de celular do mundo a ter a parceria com a Apple). Usou o iPhone como exemplo de tecnologia que se combina com aplicações. Lembrou que a conectividade está mudando o comércio eletrônico e que o mundo deverá ter cerca de 4 bilhões de usuários de celular em 2010 e 3 bilhões de usuários de Internet em 2011. "A AT&T tem hoje mais de um bilhão de dispositivos conectados a nossas redes, sejam telefones fios, PCs, celulares ou aparelhos de televisão. Isso mostra o caminho que temos que continuar seguindo", disse o executivo.

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Austrália em banda larga

Por mais entusiasmada que esteja a AT&T, quem realmente rouba a cena quando se discute o estado da arte em estratégia banda larga é a Telstra, maior operadora de telefonia fixa e celular da Austrália. O exemplo australiano sempre vem à tona porque é um país em que a rede 3G chega a todo o território, em que a conexão média à Internet já passa de 3 Mbps nas redes móveis e 10 Mbps nas conexões fixas, e em que se prepara para este ano o upgrade da rede de dados celular para velocidades acima de 20 Mbps entre outros números espantosos. "Os australianos hoje passam mais tempo online do que na frente da televisão. Isso indica o caminho que temos que seguir", diz Sol Trajillo, CEO da Telstra. O executivo comemora o fato de 44% de os cliente da operadora contratarem mais de dois produtos. "A velocidade das conexões é a chave. Com mais velocidade nas conexões, o ARPU cresce, as pessoas gastam mais online, as receitas com vendas de serviços de valor adicionado crescem", diz Trajillo. Ele exemplifica lembrando o fato de que e a receita hoje com banda larga no celular ser superior à receita com serviços de SMS na rede da Telstra.
"Depois de dar conectividade e velocidade ao usuário é preciso ter conteúdos diferenciados. Isso trás também receitas de publicidade", lembra Trajillo.
"Finalmente nós, empresas de telecomunicações, entendemos aquilo que nossos colegas do Vale do Silício diziam nos anos 90. A Internet é algo muito significativo e posso dizer que agora, finalmente, nossa rede está alinhada com a inovação", diz o CEO da Telstra.

Evento busca de identidade

A NXTComm era, no passado, ainda sob o nome de Supercomm, a principal conferência da indústria de telefonia fixa. Com a concentração de mercado e com a convergência tecnológica, a NXTComm busca uma nova identidade. Agora que os dois principais players do mercado dos EUA, Verizon e AT&T, são também os principais operadores de serviços móveis, falar em telefonia fixa seria ultrapassado. Esse conflito de identidades entre os profissionais das redes fixas e móveis se reflete no encontro. É mais ou menos o que acontece no Brasil no caso das duas operadoras fixas que partiram para o mundo do celular (Oi e Brasil Telecom), com a diferença que nos EUA, AT&T e Verizon são dominantes no mundo móvel também.

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