Viasat quer agregar valor à banda larga via satélite

Leandro Gaunszer, diretor geral da Viasat

O novo diretor geral da operadora de serviços de banda larga via satélite Viasat para o Brasil, Leandro Gaunszer, aposta que o caminho do crescimento da empresa no segmento residencial está na agregação de produtos e serviços ofertados junto com a conectividade. Em entrevista ao TELETIME, ele diz que hoje metade dos clientes residenciais da Viasat estão tendo, com o satélite, a sua primeira experiência de conectividade permanente.

"É uma oportunidade para apresentar para esse consumidor a experiência com bancos, educação, saúde e trabalho remoto", diz, destacando que alguns desses serviços de valor adicionado podem ser incorporados futuramente aos pacotes. A ideia é seguir os modelos de negócio ofertados por operadoras de celular, que têm uma característica em comum com o modelo das operadoras de satélite: o controle mais rigoroso das franquias de dados e limites de acesso, até pela natureza tecnológica da rede. Independente disso, Gaunszer diz ver muita oportunidade para crescer e um mercado potencial de mais de 2 milhões de residências para a banda larga via satélite.

Outro produto que deve passar por um ciclo de renovação é o WiFi Comunitário. O novo diretor da Viasat destaca que a companhia sentiu no Brasil a necessidade de uma solução que leve a conexão diretamente para a casa das pessoas, até por questões de segurança. "Nem todo mundo se sente confortável de usar a Internet em locais públicos, por isso precisamos de uma solução residencial de baixo custo". São vários modelos em estudo, desde uma rede WiFi mais ampla que funcione dentro das residências a partir do backhaul via satélite até mesmo uma estrutura baseada em redes físicas de cabo ou fibra.

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No segmento empresarial, a estratégia da Viasat no Brasil caminha para o desenvolvimento de verticais de negócio. No final de abril, a companhia completou a aquisição global da RigNet, uma integradora de serviços de satélite focada no mercado de óleo e gás, e isso deve impulsionar esta vertical no Brasil, onde o mercado de comunicação neste segmento é relevante. Não estão descartadas outras operações da mesma natureza, diz Leandro Gaunszer, "mas o mais importante é que se até aqui a nossa oferta empresarial era focada apenas na conectividade, agora a gente passa a atuar com serviços para os clientes corporativos".

A Viasat chegou ao Brasil por meio de um acordo com a Telebras para uso da capacidade do SGDC em troca da infraestrutura de VSATs, instalação e equipamentos demandados pela estatal. Para o novo diretor geral da Viasat, os negócios via Telebras com o governo tendem a crescer à media em que se ampliem as políticas públicas do governo que tenham o satélite como ferramenta de conectividade, e ele vê várias oportunidades. "O recente acordo da Telebras com Sebrae e Banco do Brasil foi um ótimo exemplo", diz

 

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