A estagnação da base de TV por assinatura, com queda no DTH, não desestimulou os investimentos de Eutelsat no Brasil. Segundo Rodrigo Campos, diretor geral da operadora, o lançamento do Eutelsat 65WA teve como principal potencial de mercado o vídeo, apostando, sobretudo, na expansão do mercado de TV por assinatura, bem como na migração dos canais para a alta definição e o UHD. Segundo o executivo, a operadora terminará "nos próximos meses" a implantação de equipamentos de recepção em headends de 140 operações de TV por assinatura. Com isso, a operadora diminui o custo de entrada de novos canais em seu satélite para distribuição para as operações de TV.
"O decréscimo do DTH no último ano não foi acentuado. Acreditamos que o serviço de TV por assinatura deve voltar a crescer e o DTH sempre terá uma fatia importante", diz Campos. Segundo ele, a platforma DTH deve alcançar uma base de 20 milhões de assinantes até 2020. No mesmo ano, o número de canais em alta definição no país deve atingir 627.
Banda larga
A outra grande aposta da operadora no Brasil é a banda larga. Segundo Campos, que afirma que o satélite ajudará a minimizar a falta de infraestrutura no Brasil: o país tem 65 mil comunidades rurais sem acesso à banda larga.
A Eutelsat vendeu toda a sua capacidade de banda larga em banda Ka do satélite 65WA no Brasil para a Hughes, que será responsável pela comercialização do serviço no país. Além dos 16 feixes negociados com a Hughes, o satélite tem outros 8 em banda Ka, com cobertura em outros países da América Latina, que também já estão negociados em sua totalidade.