Um aspecto importante da discussão da nova lei para o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC), em discussão no Senado (PLC 06/2009) é o papel que está sendo atribuído à Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) do Ministério da Fazenda. A SEAE deixará de ser instrutora de processos ao Cade e passará a atuar como observadora de todos os atos normativos do governo em suas diferentes instâncias e do Congresso, analisando se os atos promovem a concorrência. O trabalho da SEAE será apenas opinativo, propositivo e analítico, mas sem nenhum poder de interferência. Na prática, contudo, sempre haverá um parecer econômico e concorrencial promovido pela secretaria do Ministério da Fazenda, que poderá ser tornado público. A SEAE terá poder de questionar os agentes de mercado e solicitar informações. É mais ou menos o papel que a secretaria vem desempenhando hoje, mas com o suporte de uma determinação legal. Mas a SEAE, pela nova lei, poderá ainda fazer recomendações, que podem ou não ser acatadas pelos órgãos.
Vale lembrar que a SEAE já vem opinando sobre os principais temas relevantes do setor de telecomunicações há pelo menos dois anos, o que tende a se intensificar com a nova lei do SBDC.
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