Reguladora de comunicações do Reino Unido, a Ofcom anunciou nesta quarta-feira, 17, a conclusão de um leilão de espectro para serviços 5G. O processo arrecadou 1,356 bilhão de libras esterlinas, ou US$ 1,88 bilhão.
Foram disponibilizados 200 MHz de espectro, sendo 120 MHz na faixa de 3,6-3,8 GHz e outros 80 MHz na de 700 MHz. As quatro principais operadoras do país – EE, Three, O2 e Vodafone – adquiriram as radiofrequências.
Controlada pela BT, a EE foi a maior compradora: a empresa pagará 280 milhões de libras esterlinas (US$ 388 milhões) em 2×10 MHz no 700 MHz e mais de 4 milhões de libras (US$ 5,5 milhões) por 20 MHz para downlink suplementar na faixa. Já no 3,6 GHz, a EE arrematou bloco de 40 MHz por 168 milhões de libras (US$ 232,9 milhões).
Lotes similares de 2×10 em 700 MHz e de 40 MHz em 3,6 GHz foram adquiridos pela O2, que pagará preços idênticos aos da rival nos dois ativos. A empresa é a filial da Telefónica no Reino Unido.
A Three, por sua vez, optou por levar apenas espectro em 700 MHz: foram 2×10, pelos quais a empresa também pagará 280 milhões de libras esterlinas. Os blocos serão contíguos, assim como os vendidos para EE e O2.
Já a Vodafone ficou somente com os 40 MHz em 3,6 GHz. A licença para a empresa foi um pouco mais cara que a das concorrentes: 176,4 milhões de libras, ou US$ 244,5 milhões.
Etapas
Este não é o primeiro leilão de espectro para 5G conduzido no Reino Unido. Ainda em 2018, o país arrecadou 1,4 bilhão de libras esterlinas (US$ 1,8 bilhão) ao disponibilizar capacidade em 3,4 GHz e 2,3 GHz.
Agora, o certame foi realizado após dois cancelamentos por conta da pandemia de covid-19 (de agosto de 2020 para janeiro e de janeiro para março). O preço mínimo previsto para as frequências era de 1,1 bilhão de libras esterlinas, ou pouco menos que o valor final arrecadado, que representou um ágio de 23,27%.