Coronavírus: Sintetel pede medidas de apoio aos trabalhadores de telecom

Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), as diretorias do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo (Sintetel) e da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel) enviaram uma carta às operadoras do setor com pedido de adoção de 12 medidas de prevenção e apoio aos funcionários.

Entre os pontos constam medidas já adotadas voluntariamente por algumas das empresas, como apoio à adoção do home office, campanhas de conscientização e o reforço de equipes de higienização e limpeza. As entidades também cobraram transparência no lidar com eventuais colaboradores infectados.

Outras demandas foram a adoção de políticas de licença médica flexíveis (sem necessidade de atestado) para pessoas com suspeita do coronavírus; a possibilidade de afastamento para indivíduos com parentes infectados; escalas para diminuição do fluxo no ambiente de trabalho; e a redução da jornada para evitar que funcionários encarem o horário de pico do transporte.

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Também consta a dispensa de funcionários autoimunes, com mais de 60 anos, mães de bebês de até dois anos ou com doenças crônicas. Para o Sintetel e a Fenattel, todos os afastamentos devem ocorrer sem "prejuízos de salários e benefícios" aos funcionários. As entidades também pleitearam uma estabilidade de seis meses para todos trabalhadores "tendo em vista o momento delicado e crítico" e um canal de comunicação de empresas com sindicatos.

Até esta terça-feira, 17, o Brasil contabiliza 291 casos confirmados do novo coronavírus e uma morte. As orientações do Ministério da Saúde para redução do contágio podem ser acessadas aqui.

As demandas do sindicato são:

  • É indispensável a correta higienização das mãos e cuidados ao tossir e espirrar. As empresas devem fazer campanhas internas e garantir sabão ou antisséptico de mãos a base de álcool. Os setores de medicina do trabalho devem orientar e tirar dúvidas dos trabalhadores e os que apresentarem os sintomas do COVID-19 orientá-los a procurar os serviços de saúde, o que apresentar sintomas, ou contato com caso suspeito ou confirmado deve ser encaminhado para casa.
  • As empresas devem criar políticas de licença médica flexíveis, como por exemplo, sem exigência de apresentação de atestados médico para os trabalhadores que vierem constatar suspeitas e sintomas do COVID-19 e por orientação das unidades de saúde tiverem que ficar afastados em isolamento residencial.
  • Possibilitar para que funcionários cuidem de familiares doentes.
  • Nos casos de trabalhador com COVID-19, as empresas devem seguir o protocolo e agir com transparência de forma a não expor nenhum trabalhador preservando sua identidade.
  • Diante dos afastamentos médicos, não deve haver prejuízo de salários e benefícios.
  • Que as empresas procurem adequar o trabalho remoto (home office) fornecendo ferramentas tecnológicas, reduzindo o contato pessoal e realizando reuniões virtuais, evitando viagens de trabalho.
  • Colocar parte dos trabalhadores em seus domicílios de modo que no ambiente de trabalho se assegure um distanciamento de 1 metro entre um trabalhador e outro.
  • As empresas devem dispensar os trabalhadores que são autoimunes e que tenham acima de 60 anos, as gestantes, as mães de filhos com menos de dois anos e portadores de doenças crônicas, dando condições para que possam executar suas atividades home office.
  • Reforço das equipes de limpeza e intensificação da higienização: banheiros, ferramentas, posições de atendimento, head sets, teclados, mouses, elevadores, corrimões, maçanetas, botões e máquinas de café devem estar limpos e o cancelamento de biometria para registro de ponto e entrada nos locais de trabalho.
  • Criação de comitês que dialoguem com a empresa e sindicato.
  • Flexibilização das escalas e redução da jornada de trabalho para evitar que os funcionários usem o transporte coletivo em horário de pico.
  • Estabilidade de seis meses para todos trabalhadores, tendo em vista, o momento delicado e crítico. Existe, também uma grande preocupação com os trabalhadores que atendem os clientes externamente, de forma a serem contaminados ou serem transmissores do COVID-19, por isso, sugerimos que as empresas reavaliem os serviços a serem prestados dando prioridade nos casos de serviços essências para que esses trabalhadores não fiquem expostos aos riscos.

Muitas dessas medidas são pontos que já estão sendo divulgados pela OMS – Organização Mundial da Saúde e pelo Ministério da Saúde. Caso as empresas já estejam realizando estas iniciativas pedimos que continuem reforçando estas ações junto a seus trabalhadores. Neste momento, o mais importante é a solidariedade e unidade de todos no combate a propagação deste vírus em nosso país.

2 COMENTÁRIOS

  1. Ha uma fiscalizacao para ver se realmente as operadoras e suas contratadas estao dando apoio aos funcionarios se estao dando kit de higiene acho que esta so no papel

  2. Venho por meio dessa mensagem denunciar a VIVO e a prestadora de serviços ICOMON. Estão lucrando alto nas custas dos técnicos. Estão descontando dinheiro de produção de todos os técnicos para aumentar o caixa deles próprios. Não criaram nenhuma escala diferenciada para diminuir os riscos dos técnicos se contaminarem, ou pelo menos para diminuir o estress do medo de adoecer por conta dessa pandemia. A VIVO e nem a ICOMON estão colaborando com o bem estar dos técnicos. Estão fazendo descontos ridiculos e muitos técnicos estão se queixando que a cobrança aumentou MUITO durante a pandemia. Coisa que jamais deveria acontecer. Já saiu uma pesquisa da própria VIVO, dizendo que LUCROU durante essa Pandemia. Atitudes nojentas e desumanas com nós técnicos que estamos na linha de frente e exigimos respeito.

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