O grupo Opportunity, que pode deixar a gestão da Telemig Celular no começo da próxima semana, criou um grande problema para a Claro nesta sexta, 17. Conseguiu do Tribunal Regional Federal de Brasília a suspensão de uma decisão que anulava liminar concedida no mesmo tribunal e que impedia a Claro de operar em Minas Gerais. Só que a Claro já tem quase 150 mil assinantes no Estado, e vinha operando com base na decisão anterior da justiça e na decisão da Anatel, que se pronunciou oficialmente e atestou que o argumento da Telemig (sobreposição de licenças com a própria Telemig por conta da presença do fundo Telos na cadeia de controle da tele e também na Embratel) não procede. A Justiça de Brasília chegou a dar uma liminar impedindo a Claro de operar no final de 2005, liminar essa que foi cassada depois de uma intervenção da Anatel.
A pendenga entre as duas empresas vem ainda do processo de licitação da quarta licença de SMP em Minas Gerais. A Telemig tentou impugnar a participação da Claro no leilão alegando que o fundo de pensão Telos, patrocinado pela Embratel, também controlava indiretamente a Telemig. É o típico argumento do Opportunity, já usado em outras ocasiões.
Jarbas Valente, superintendente de serviços privados da Anatel, informa que a agência ainda não foi notificada mas que vai recorrer, pois não existe nenhuma irregularidade nem sobreposição de licenças entre as operadoras que impeça a Claro de operar.
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