A posição da Telmex no Brasil, caso a compra da Embratel se concretize, será diferente em relação ao unbundling do que a posição mantida pela empresa no México. "No Brasil, a situação será diferente porque seremos entrantes no mercado", diz Arturo Elias Ayub, diretor de alianças estratégicas, comunicação e relações institucionais da Telmex, em entrevista por telefone ao TELETIME News. A Telmex tem, no México, uma posição dominante no mercado e enfrenta competição de grupos entrantes. Segundo Ayub, a questão de fato é complicada porque são duas situações muito diferentes. Mas ele dá a entender que a Telmex entende a luta da Embratel no Brasil pelo unbundling e que não pretende mudar a estratégia.
A Telmex não tem ainda os planos desenhados para o Brasil. "Esperamos a aprovação de todas as autoridades", diz Arturo Ayub. Mas ele admite que a marca Embratel é forte e que tende a ser mantida. "É uma marca muito conhecida. Vamos decidir essa questão apenas depois da aprovação, mas o provável é que a marca fique".
Ayub ressalta que a proposta da Telmex para a compra da Embratel, de US$ 360 milhões, é 100% em dinheiro, não envolvendo em nenhum momento uma renegociação da dívida da MCI com Carlos Slim (magnata mexicano controlador da Telmex). Ele diz também que até o momento o valor da proposta das teles fixas brasileiras à MCI (US$ 550 milhões) é apenas um rumor, pelo menos no que se refere à Telmex. A operadora mexicana apenas foi informada de que sua proposta era a vencedora pela MCI, sem maiores detalhes.
A Telmex não tem nenhuma estimativa de tempo para a aprovação da proposta nem pela Justiça norte-americana nem pelas autoridades brasileiras. "Vamos respeitar e esperar as autoridades de cada um dos países".