A Telefónica vai cooperar proativamente no desenvolvimento econômico da Espanha, mesmo com a vitória do novo governo socialista. A afirmação é do presidente mundial da operadora, César Alierta, que participou nesta quarta, em São Paulo, do lançamento de seu plano estratégico de proximidade com o cliente na América Latina, evento que reuniu por dois dias mais de 250 executivos da área de telefonia fixa da região. O posicionamento da Telefónica em relação à política é importante principalmente porque o governo tem poder de veto à alienação de ativos da empresa, privatizada há seis anos. A tele espanhola também sempre teve fortes relações com o partido de José Maria Aznar, atual primeiro ministro, que deixa o poder na Espanha. Houve uma reviravolta repentina nas tendências políticas do país depois do atentado que matou mais de 200 pessoas em Madri. O próprio grupo espanhol perdeu quatro funcionários, disse Alierta.
Em relação à política regulatória no novo governo de José Luis Rodriguez Zapatero, Alierta não antecipou quais seriam as reivindicações da empresa. Disse apenas que manterá a mesma linha de atuação. ?Somos uma empresa do mundo de línguas espanhola e portuguesa. Somos uma empresa da América Latina. É onde fizemos esforço, onde investimos mais de US$ 40 bilhões e temos 65 milhões de clientes?, afirmou o executivo. ?Acreditamos no desenvolvimento do mercado latino-americano.?
Sobre a venda da Embratel à Telmex e suas implicações, o executivo não quis fazer comentários, dizendo apenas que a Telefónica estará pró-ativa de uma maneira ou de outra.
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