Watch Brasil busca escalar serviço de TV e streaming entre assinantes de ISPs

André Santini, CMO da Watch Brasil (crédito: Watch Brasil)

Após ganhar capilaridade no mercado de provedores de serviços de internet (ISPs), a Watch Brasil está ajustando a sua estratégia de crescimento. A partir deste ano, em vez de se concentrar em ampliar o rol de prestadores de banda larga parceiros, o foco passa a ser aumentar a penetração do serviço de TV e streaming pela base de assinantes dos ISPs.

Os números justificam essa adaptação estratégica. A empresa fechou 2023 com 840 ISPs parceiros. Em 2024, a Watch Brasil entrou em um crescimento acelerado e, atualmente, conta com 1.617 provedores de banda larga que vendem pacotes de sua plataforma de vídeo.

"Crescemos cerca de 90% em receita em 2024. Deste crescimento, praticamente 40% vieram de aquisição – ou seja, receita oriunda de novos parceiros – e 60% da base", diz André Santini, CMO da Watch Brasil, em entrevista ao TELETIME. "Em 2025, 25% virão de aquisição e 75%, de rentabilização da base", complementa.

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Segundo o executivo, agora o foco da empresa é o sell-out (venda para o consumidor final). Contudo, para escalar o serviço, a Watch percebeu que não poderia simplesmente negociar com os ISPs e esperar que eles fizessem as vendas por conta própria.

Na avaliação de Santini, os provedores ainda estão "muito no drive da infraestrutura [de telecom] e dos preceitos técnicos da banda larga". Desse modo, a Watch se estruturou para apoiar as ações de marketing ao consumidor final, fornecendo, por exemplo, landing pages personalizadas e prontas para conclusão de assinaturas dos serviços de TV e streaming.

"O ISP tem uma área comercial, mas dificilmente ele tem um departamento de marketing que consegue focar no sell-out. Entendemos que era importante fazer isso com ele e para ele", resumiu o CMO.

Dentro da Watch, atualmente 30% do efetivo de mercado e marketing trabalha na busca por novas parcerias com ISPs – ou seja, fazem o sell-in do produto. Os demais 70% estão se dedicando ao trabalho de engajamento junto às bases de assinantes de banda larga (sell-out).

Para expandir a adoção do serviço, a empresa definiu metas por região e portfólio comercializado. "Preciso buscar uma penetração de, no mínimo, 50% hoje em toda a nossa base", ressaltou o executivo.

Novos produtos

Para este ano, até o momento, a Watch Brasil não tem planos de uma grande ampliação de catálogo. Após fechar contrato com a Disney e os canais esportivos ESPN no ano passado, a empresa considera que já conta com os principais provedores de conteúdo do mercado – o portfólio ainda inclui canais abertos, programação dos canais fechados do Grupo Globo, Paramount+, Max, Warner, Premiere, entre outros.

"Entendemos que chegamos a um estágio no qual temos os melhores parceiros de conteúdo e programação. Falta um complementa da Warner – vamos trazer em uns dois meses mais alguns canais lineares e ao vivo. Isso está em fase contratual e de viabilidade técnica", sinaliza Santini.

De todo modo, a empresa aposta em uma solução caseira para enriquecer o portfólio fornecido aos ISPs. No fim do ano passado, a Watch lançou o Awdio, um aplicativo de streaming de áudio que chegou com acesso a mais de 15 mil rádios e uma coleção de audiobooks.

Para concorrer com soluções estabelecidas no mercado, como Spotify e Deezer, a ferramenta ainda vai ganhar o modo de MOD (Music on Demand), permitindo que o usuário ouça seus artistas favoritos sem limitações. O sistema está em fase de testes na empresa.

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