Telebras vai estudar possibilidade de usar satélite da Viasat

A visita da comitiva do ministro das Comunicações, Fábio Faria, à sede da Viasat nos Estados Unidos resultou na assinatura de um memorando de entendimento (MOU) entre a operadora de satélites e a sua parceira no Brasil, a Telebras, cujo presidente Jarbas Valente também estava presente. A "carta de intenções" só foi divulgada nesta quinta-feira, 17, e tem o propósito de "expandir ainda mais as suas ofertas de conectividade e ajudar a impulsionar a inclusão digital em todo o Brasil". 

No comunicado ao mercado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na manhã desta quinta, a Telebras detalhou o acordo. O memorando cita uso de capacidade satelital em telemedicina e na conexão de escolas, incluindo não apenas o satélite geoestacionário de defesa e comunicação (SGDC) da estatal, mas também a futura constelação da Viasat, que deverá ter o primeiro artefato lançado ainda este ano.

O compromisso das empresas envolve os seguintes itens:

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  • explorar possibilidades de conectar via satélite regiões não atendidas por outras tecnologias;
  • investigar tecnologias voltadas para a implementação de serviços de telemedicina via satélite em áreas rurais e/ou de difícil acesso; 
  • examinar oportunidades de aplicação de soluções completas em telemedicina para postos de saúde;
  • estudar oportunidades de uso dos satélites da constelação ViaSat-3 para persecução do atendimento de políticas públicas voltadas à conexão de escolas;
  • explorar oportunidades de colaboração no desenvolvimento e construção de futuros satélites; e
  • explorar oportunidades para criação de novos postos de trabalho voltados à indústria espacial brasileira. 

A Viasat e a Telebras já têm acordo de exploração da capacidade comercial em banda Ka do SGDC por parte da operadora norte-americana. Ela também é responsável pela viabilização do satélite para o programa Gesac, com o qual o governo brasileiro (utilizando atualmente o nome de programa Wi-Fi Brasil) conecta escolas e localidades. 

Conforme colocado ontem por TELETIME, a viagem do ministro à sede da Viasat nos EUA também aconteceu para encerrar um mal estar causado por outra visita anterior: a que o representante do governo Jair Bolsonaro fez à concorrente da operadora norte-americana, a Skylink, do bilionário Elon Musk.

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