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Hughes usa faixa de 700 MHz para 4G comunitário com capacidade satelital em MG

A operadora satelital Hughes completou testes bem sucedidos de oferta de Internet fixa com 4G no Brasil. A empresa realizou um piloto de três meses para o serviço de “LTE Comunitário” em cinco comunidades em Minas Gerais onde não havia disponibilidade de infraestrutura de cabo, fibra ou rede de celular. Naturalmente, o backhaul é abastecido com capacidade satelital do sistema Jupiter.

No final do ano passado, a Anatel autorizou a Hughes a utilizar a faixa de 700 MHz para a prestação de serviços de banda larga (SCM) em Minas Gerais. Os municípios escolhidos são Botumirim, Padre Carvalho, Rubelita, Porteirinha, Nova Porteirinha, Francisco Sá e Berilo. 

A operadora satelital obteve licença de dois blocos de 5 MHz (na frequência de 705,5 MHz e 760,5 MHz) com licença até o final de 2025, prorrogável por igual período. Vale notar que o uso é em caráter precário e secundário nessas áreas. Apesar de aprovado em 28 de dezembro último, o ato só foi publicado pela Superintendência de Outorgas e Recurso à Prestação (SOR) da Anatel no dia 19 de janeiro deste ano.

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Infraestrutura e modelo

Conforme comunicou a Hughes nesta semana, o modelo de negócios é semelhante ao de projetos de WiFi comunitário, mas utilizando o 4G – ou seja, com espectro licenciado e uma área de cobertura muito maior, chegando a 5 km² de distância, contra 50 a 80 metros no Wi-Fi. O acesso é vendido por varejistas locais, que oferecem pacotes de dados pré-pagos. A empresa oferece treinamento e material de marketing.

Nesses estabelecimentos são instalados hotspots móveis com small cells, e o core de rede utiliza código aberto (a empresa não diz se está utilizando a plataforma Magma, do Facebook/Meta, com quem tem parceria para o WiFi comunitário). De acordo com a operadora, isso cria uma espécie de rede “privada”. “Com essa configuração na borda, o tráfego de assinantes é processado localmente, em vez de atravessar o backlink do satélite para um core de rede central – economizando banda e dinheiro para o operador comparado ao [modelo de] backhaul tradicional.”

Em comunicado, o vice-presidente da divisão internacional da Hughes, Bhanu Durvasula, afirma que se trata de uma solução que governos e operadoras móveis podem implantar para expandir as redes e conectar mais pessoas com custo menor. O executivo diz que o piloto provou o caso de uso do LTE Comunitário de três formas: “Primeiro, como uma forma efetiva de conectar os desconectados com banda larga essencial. Segundo, em ajudar negócios locais a obter mais receitas. Terceiro, ajudando as operadoras móveis a estender mais rápido e de forma barata as redes de celular – especialmente em pequenas comunidades que, de outra forma, não teriam acesso à Internet”.

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