Mesmo com o avanço constante da tecnologia LTE, a base total brasileira do serviço móvel pessoal registrou a maior queda mensal de 2017 em novembro, antes da tradicional limpeza de base que as operadoras costumam fazer no último mês do ano. Segundo dados da Anatel, o total do SMP no País em novembro era de 239,092 milhões de acessos, uma redução de 1,758 milhão de linhas (ou 0,73%) comparado a outubro. No acumulado de 12 meses, a queda foi de 9,356 milhões de conexões (ou 3,77%).
Como tem sido regular desde julho de 2015, a base 4G continua a ser a única para o consumidor final a crescer, com um avanço mensal de 3,439 milhões (aumento de 3,61%). Com 98,792 milhões de linhas, é muito provável que a tecnologia feche 2017 superando a barreira dos 100 milhões de acessos – ainda mais considerando as vendas de terminais 4G no varejo durante o Natal. Considerando o comparativo com novembro de 2016, o aumento foi de 76,08%. Vale lembrar que em outubro a quarta geração se consolidou como a tecnologia mais popular do País.
A operadora que obteve maior crescimento proporcional no mês em LTE foi a Claro, que aumentou a base em 4,72% e ficou com 22,059 milhões de acessos. Nos 12 meses, é também a empresa que registrou maior avanço proporcional, mais do que dobrando (104,64%) o total que tinha em novembro de 2016. Em adições líquidas, contudo, a Vivo foi a maior tanto no mês (1,141 milhão de linhas, ou 3,59% de crescimento) quanto no ano (13,185 milhões, ou 66,58%), o que a garante como líder no segmento, com 32,987 milhões de conexões – um terço (33,39%) do mercado total.
A segunda maior base 4G é da TIM, com 26,373 milhões de linhas, aumento de 3,34% e 69,28% no mês e no comparativo anual, respectivamente. A Oi fechou novembro com 16,296 milhões (aumento de 2,76% e 83,68%), enquanto a Nextel observou um avanço de 1,36% no mês e ficou com 1,076 milhão de acessos. No ano, contudo, o crescimento foi menor: 1,09%.
WCDMA
A tecnologia 3G é a que mais perdeu base. No mês de novembro, foram 3,869 milhões de desconexões, uma queda de 4,20%. No acumulado, já são 36,229 milhões de desligamentos, redução de 29,09%. No total, ainda são 88,319 milhões de acessos, a segunda tecnologia mais popular do País. Porém, a tendência de queda constante mostra que as operadoras têm conseguido migrar para o LTE de forma consistente.
Todas as teles apresentaram quedas em WCDMA – menos a Nextel, que adicionou 39,1 mil linhas em novembro e 152,1 mil no ano, totalizando 1,556 milhão de acessos. As demais reduziram em pelo menos 800 mil acessos no mês, com destaque para a Oi, que desligou 1,273 milhão de linhas em novembro (base total era de 14,657 milhões de conexões). A líder nessa tecnologia é a Claro, que, com 29,364 milhões de linhas, apresenta a maior redução líquida em 12 meses (10,796 milhões de desconexões).
Outras
Pelo terceiro mês consecutivo, a defasada tecnologia CDMA mostrou crescimento. Há entretanto uma ressalva: ainda no relatório de outubro, este noticiário entrou em contato com a Anatel para entender o aumento inexplicável da base. A agência informou que a variação veio da Algar, e que iria entrar em contato para verificar o motivo. Voltamos a entrar em contato pedindo maiores esclarecimentos nesta quarta-feira, 17. De qualquer forma, pelo menos na tabela do regulador, o CDMA adicionou 63,6 mil acessos em novembro (crescimento de 261,65%), totalizando 87.945 linhas. Para se ter uma ideia, em agosto do ano passado a tecnologia somava apenas 507 acessos.
Outro segmento que avançou foi a máquina-a-máquina (M2M), tanto na categoria Especial (sem interação humana) como Padrão. As bases em novembro eram de 6,327 milhões (aumento de 2,15%) e 8,737 milhões (1,44%), respectivamente.
Já a tecnologia GSM continua em queda, com redução de 4,33% no mês e de 33,40% no ano. No total, a 2G ainda conta com 33,705 milhões de acessos. Os terminais de dados em banda larga, que somavam 3,121 milhões de linhas em novembro, caíram 3,83% e 32,06% no mês e no ano.
Na divisão por modalidade de plano, as tendências também foram mantidas. O pós-pago cresceu 1,33% no mês e acumula 10,78% de avanço no ano, totalizando 86,930 milhões de acessos, ou 36,36% da base total brasileira. Já o pré-pago caiu 1,87% e 10,49%, respectivamente, encerrando o mês de novembro com 152,161 milhões de linhas, ou 63,64% do mercado.