Aproximadamente 1 milhão de assinantes de telefones fixos, ou 3% das linhas em serviço, não migrarão para o plano de minutos. Em vez disso, pagarão apenas a assinatura básica e terão direito a fazer quantas ligações locais de fixo para fixo quiserem. São linhas instaladas em cidades com baixa densidade populacional, onde economicamente não vale a pena para as concessionárias fixas fazerem as adequações necessárias nas centrais telefônicas para a realização da cobrança por minuto. A projeção foi feita pelo presidente da Abrafix (Associação Brasileira de Concessionárias de Serviço Telefônico Fixo Comutado), José Fernandes Pauletti. Ele estima que esse 1 milhão de linhas esteja conectado a uma quantidade de centrais que representa entre 10% e 20% do total. São centrais pequenas, que atendem de 500 a 1 mil linhas. As cinco concessionárias de STFC têm até o dia 31 de janeiro para informar a lista das localidades onde não haverá migração para cobrança por minuto.
Investimento
Pauletti calcula que as concessionárias gastaram juntas cerca de R$ 1 bilhão para adequar suas redes para a conversão pulso-minuto. ?Do ponto de vista econômico é um gasto muito grande e sem retorno para as operadoras. Mas para a sociedade é interessante?, comentou Pauletti, durante encontro com jornalistas no Rio de Janeiro nesta quarta-feira, 17. Um lado positivo para as operadoras, na sua opinião, é a provável redução no futuro do número de reclamações nos call centers: hoje muitas delas se devem à difícil compreensão da cobrança por pulso.