A operadora de satélite SES anunciou nesta segunda, 16, a assinatura de um contrato com a Comissão Europeia para projetar, entregar e operar o sistema de satélites de órbita baixa e média IRIS². O consórcio SpaceRISE, liderado pela SES, será responsável pelo projeto, com previsão de início de operação para 2030.
Especificamente com a SES, o contrato de concessão tem duração de 12 anos e prevê um investimento de até 1,8 bilhão de euros por parte da SES a partir de 2027, que é justamente quando a empresa espera concluir a implementação da constelação mPOWER de órbita média. Ou seja, a IRIS será uma etapa seguinte à evolução da constelação mPOWER.
O investimento da SES representará cerca de metade dos custos da constelação de 18 satélites MEO e uma parte dos custos da consteação LEO, mas em troca a SES terá a possibilidade de comercializar 90% da capacidade MEO e uma parcela da capacidade LEO, fora a garantia de contratos âncora de uso por parte dos governos Europeus. O projeto deve gerar receitas da ordem de 6 bilhões de euros em 12 anos, diz a SES.
O IRIS² (Infrastructure for Resilience, Interconnectivity and Security by Satellite) será a rede preferencial da União Europeia para fornecer soluções de comunicação confiáveis, seguras e econômicas para instituições governamentais, organizações comerciais e cidadãos europeus. Como parte do projeto, a SES desenvolverá, fornecerá e operará 18 novos satélites de órbita média (MEO) que oferecerão cobertura global, incluindo os polos.
De acordo com reportagens da TELETIME, a SES é uma das empresas que participará de projetos de conectividade governamental na Europa, ao lado da Eutelsat e Hispasat. A empresa vê o IRIS² como uma oportunidade de expandir seus negócios no continente e atender à crescente demanda por soluções de conectividade de alto desempenho.
Atualmente, a SES está em processo de aquisição da norte-americana Intelsat, em operação que deve ser concluida no segundo semestre de 2025.