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Qualcomm quer diversificar receitas e aposta em 5G, mmWave e IoT

CEO e presidente da Qualcomm, Cristiano Amon, durante evento para investidores nesta terça-feira, 16. Foto: Reprodução

A fabricante de chipsets Qualcomm pretende diversificar as linhas de receita, e a principal aposta é na próxima geração de dispositivos, especialmente de Internet das Coisas para consumidores e indústria, e no foco do 5G, incluindo ondas milimétricas, com a arquitetura edge computing. Em sua primeira participação como presidente da multinacional, Cristiano Amon destacou durante evento para investidores nesta terça-feira, 16, a intenção da companhia de focar em fluxos de receita confiáveis e de longo prazo, como a parceria com a fabricante automotiva BMW, anunciada no mesmo dia.

“Sempre seremos uma companhia fazendo a inovação no [mercado] móvel, mas não somos mais definidos por um único mercado”, destacou o executivo. “A demanda por tecnologia é virtualmente de toda a indústria. Temos um roadmap focado em clientes e mercados finais que tenham receitas estáveis e de longo prazo.”

Uma das principais apostas da empresa está no fornecimento do ecossistema de conectividade 5G e WiFi 6E com inteligência artificial, utilizando o edge computing para deixar o processamento mais próximo. Amon sugere que 64% dos dados serão criados fora dos data centers tradicionais,  e isso estará ligado ao ecossistema de IoT, considerada “a maior oportunidade” de crescimento de receita. 

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Redes

A boa notícia para o mercado brasileiro é que dois aspectos próximos ao 5G nacional foram abordados no evento: o padrão standalone do Release 16 e as mmWave. A Qualcomm afirma que a adoção global das ondas milimétricas está indicando uma importante via de crescimento. “Está avançando nos Estados Unidos, no Japão e na Coreia [do Sul], e continuamos otimistas com a China, com a operadora China Unicom implantando ondas milimétricas nos Jogos Olímpicos de Inverno”. Em junho, durante a Mobile World Congress, Amon havia declarado comprometimento com aplicações nesse espectro.

Para as operadoras brasileiras que adquiriram no leilão do 5G a faixa de 26 GHz, que ainda não tem um modelo de negócios firme, esse crescimento internacional pode se traduzir no aumento de escala e de ecossistema de terminais. “A realidade é que se a mmWave ganhar tração e expandir, vai ser uma oportunidade incrível para a gente.”

Outro elemento importante para o Brasil é a chegada dos primeiros smartphones compatíveis com as tecnologias do Release 16 do 3GPP, padrão mandatório na obrigação atrelada à faixa de 3,5 GHz. Segundo o CTO da Qualcomm, James Thompson, o primeiro dispositivo compatível sairá em dezembro. “Quase todos os dispositivos com o Release 16 serão lançados no ano que vem”, afirmou ele durante o evento. A empresa espera ainda que o lançamento de aparelhos compatíveis com o Release 17 deverá acontecer somente ao longo de 1,5 ou 2 anos.

A fornecedora espera que o 5G se mostre uma opção viável à conexão fixa. “Pela primeira vez na indústria móvel, temos uma tecnologia que pode realmente competir com a fibra. É a tecnologia de última milha de maior crescimento”, afirma Cristiano Amon.

Por isso mesmo, a companhia aposta na infraestrutura, em especial considerando que a rede de acesso móvel (RAN) está sendo virtualizada. “A Qualcomm tem colocado no roadmap as melhores soluções para vRAN, e não só para small cells, mas também as estações radiobase grandes, além de aceleração em linha para data center”, colocou o executivo. 

Parcerias

A parceria com a BMW anunciada nesta terça é no sentido de fornecer o que a companhia chama de “Snapdragon Digital Chassis”, com a implantação de diversos tipos de processadores nos automóveis da marca alemã. A intenção é “ajudar a construir a próxima geração de ADAS [sistemas avançados de assistência na direção]/direção autônoma”. 

Outra companhia que recebeu atenção da Qualcomm durante o evento foi a Microsoft. As duas já tinham parceria para a fabricação de um computador com processador com a arquitetura ARM, mas a Intel ainda continua a prevalecer no ecossistema Windows com o x86. Pelo menos por enquanto, no entendimento da Qualcomm. “Estamos posicionados para a ser a plataforma preferida de PC na inevitável transição para a ARM”, destacou Amon.

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