Desktop avança nas receitas, mas encerra trimestre com queda no lucro

No balanço financeiro referente ao terceiro trimestre, o primeiro desde a abertura de capital, a provedora regional Desktop mostrou um crescimento nas receitas, mas com pressão nas margens e uma decorrente queda no lucro. O resultado foi divulgado no fechamento do mercado nesta terça-feira, 16.

A companhia mais do que dobrou (118%) a receita no terceiro trimestre, saltando agora para R$ 119,033 milhões no período. Com o acumulado de nove meses, o total foi de R$ 285,013 milhões, um avanço de 93% comparado ao mesmo período de 2020.

O lucro líquido da companhia caiu 1% no trimestre, e ficou em R$ 12,021 milhões. Entre janeiro e setembro, o lucro caiu mais: 22%, chegando a R$ 16,035 milhões. A margem líquida caiu 15 pontos percentuais no trimestre e ficou em 13%, enquanto no acumulado do ano o recuo foi de 11 p.p., totalizando  7%. 

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Entre julho e setembro, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da Desktop foi de R$ 35,537 milhões, um crescimento de 38%. Em nove meses, foi de R$ 79,325 milhões, aumento de 58%. A margem EBITDA caiu 22 p.p. no trimestre e ficou em 38%; com um recuo de 8 p.p. no acumulado do ano, chegando a 35%. 

Segundo a empresa, a margem caiu por conta da maior participação de projetos "em fase de maturação em relação ao total de cidades" nas quais opera, levando a antecipação de custos de interconexão, meios de conexão, marketing, custos de despesa de atendimento a clientes e operação vendas. Além disso, afirma que houve "incremento de despesas de pessoal para adequar o nível gerencial da companhia".

A dívida líquida do provedor regional chegou a R$ 203,870 milhões, com uma relação dívida líquida/EBITDA ajustado de 1,7x negativo. Com o financiamento de R$ 647,3 milhões por conta do IPO em julho, o saldo final de caixa da empresa ficou em R$ 565,719 milhões.

Operacional

Ao final de setembro, a Desktop chegou a 1,925 milhão de casas passadas (HPs), um crescimento de 143% comparado ao mesmo mês de 2020. A quantidade de casas conectada mais do que dobrou (113%), chegando a 387 mil acessos. A cobertura da empresa chegou a 68 cidades em São Paulo, após aumento de 240%. 

Estratégia

Em mensagem no comunicado ao mercado, o presidente da empresa, Denio Alves Lindo afirmou que continua "bastante animado com a oportunidade de consolidação do setor". A companhia adquiriu a Starnet e celebrou contrato de compra e venda de ações para todo o capital social da Net Barretos e da LPNet

"Trata-se de um movimento estratégico que irá contribuir com a abertura de novos mercados para crescimento orgânico e solidificação da nossa dominância no interior do estado de São Paulo", declarou ele. 

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