O presidente da Inepar (empresa que integra o consórcio Telemar), Atilano Oms Sobrinho, admitiu, de forma bem-humorada, que o grupo comprou a concessão que reúne 16 operadoras de telefonia fixa, sem querer: "Era um consórcio bucha-de-canhão: participar, elevar o preço, mas não ganhar. Mas ganhamos." Ainda brincando, disse que o ágio deveria ser de R$ 1, e não 1%. Mesmo sem pretensão de vitória, o grupo se animou quando às vésperas do leilão começou a ser procurado por instituições financeiras interessadas em oferecer dinheiro para financiamento. Para responder aos deboches e críticas da imprensa, que até chamaram o consórcio de "telegangue", Sobrinho disse: "Por incrível que pareça, essas empresas 'pobres' tinham dinheiro, criando o único consórcio do mundo que é só capital, com zero de dívida. O BNDES não financiou nem os sócios. Fomos barriga-de-aluguel do BNDES para ele mesmo. Depois, mesmo sem ainda ter as ações, o BNDES tentou vendê-las, e deu errado."