A operadora de satélites Viasat espera recuperar menos de 10% da capacidade do ViaSat-3 Americas, artefato que teve uma grave anomalia no funcionamento anunciada em julho. Mesmo assim, um substituto para o satélite não deverá ser lançado.
As informações fazem parte de atualização provisória sobre o status do ViaSat-3 Americas publicada pela operadora no último dia 12 de outubro. Ainda em curso, a análise sobre os problemas técnicos no refletor do satélite indicou que a carga útil do artefato segue funcional, embora apenas uma parcela do throughput planejado deva ser recuperada.
Mesmo diante do cenário, a empresa não terá um satélite substituto para o ViaSat-3 Americas, declarou a operadora norte-americana. Segundo a Viasat, a questão deve ser contornada com a adição dos dois próximos satélites da geração ViaSat-3, mitigações em rede terrestre, compromissos de largura de banda de terceiros e com a própria frota de satélites integrada da companhia (que adquiriu recentemente a Inmarsat).
"A empresa mantém a confiança de que atenderá às necessidades atuais e futuras de seus clientes de mobilidade e está bem posicionada para alcançar seus objetivos financeiros de crescimento", informou a Viasat, na atualização. A operadora também confirmou que possui cobertura de seguro de US$ 420 milhões em vigor para o ViaSat-3 F1; os valores devem ser reclamados antes do final do ano.
Vale lembrar que além do artefato para as Américas, o satélite Inmarsat-6 F2 (I6 F2) lançado em fevereiro também foi alvo de anomalias. Neste caso, a Viasat tem US$ 348 milhões em cobertura de seguro, que também devem ser recebidas até o final do ano.
De forma geral, as projeções financeiras da Viasat para o ano fiscal de 2024 seguem mantidas, bem como as projeções de crescimento de receita na casa do "dígito alto" ao longo do ano fiscal de 2023, quando considerada a combinação da empresa com a Inmarsat. A integração da operadora adquirida também estaria avançando mais rápido do que o planejado, com expectativa de identificação de novas sinergias.