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Claro: leilão de 5G com cinco blocos de 80 MHz será prejudicial ao mercado

Monique Barros, diretora regulatória da Claro

Para a Claro, a composição de cinco blocos de 80 MHz na faixa de 3,5 GHz proposta pela área técnica da Anatel para o leilão de 5G pode ser prejudicial para o mercado. A questão, de acordo com a empresa, não é apenas ter 20 MHz a menos no bloco nacional do que se antecipava, mas sim a possibilidade de um desarranjo por conta da possibilidade de o bloco regional não ser totalmente vendido em determinadas regiões, levando um ou outro player a atingir o limite (cap) de 100 MHz em determinado local, mas em outros não. 

Além da assimetria, isso traria desafios de sincronização entre as redes das prestadoras, conforme destacou a diretora regulatória da Claro, Monique Barros, durante live do portal Tele.Síntese nesta sexta-feira, 16. “Nossa preocupação é o que acontece se esse último bloco regional não for comercializado integralmente em todas as regiões, se for repartido e ter um cenário de diferenças no desenho de espectro em cada região, o que é uma grande preocupação em termos de operacionalização”, disse.

Diretor de operações móveis da operadora, Celso Birraque detalhou: se sobrar blocos regionais na primeira rodada do leilão, as grandes operadoras poderão entrar na disputa. E aí haveria o problema de assimetria. “Vai fazer com que a coordenação seja muito mais complexa do que se tivesse um único cenário de adjacência no País inteiro.” 

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Ou seja: com a variação grande de blocos para cada empresa, aumentará o custo envolvido. “E se o sincronismo não acontecer, na prática vai perder o espectro”, diz Birraque. “Isso é inerente ao TDD, que é a tecnologia do 3,5 GHz.” Segundo o diretor da Claro, ter que deixar banda de guarda ou reduzir 15 db já provocaria problemas nas bordas. Além disso, há impossibilidade de uso de filtros, uma vez que as antenas utilizam tecnologias como Massive MIMO. 

5G DSS

Birraque comentou o desempenho da tecnologia 5G DSS da Claro no lançamento comercial em alguns bairros de São Paulo e do Rio de Janeiro desde julho. Segundo ele, foi possível ver aspectos de eficiência espectral. Além disso, apesar de ainda não haver muitos celulares compatíveis no mercado brasileiro, disse que a presença de “early adopters” foi “bem agressiva”, fazendo com que o 5G já tenha representado “parcela importante do [espectro] 4G”.

Por outro lado, a Claro detectou que a tecnologia tem desafios. “Neste momento, degustando no FDD, já se consegue perceber o quão sensível ela é para a interferência”, relata. Por isso, diz que vai ser mais importante ainda a flexibilização da lei das antenas para permitir o adensamento das estações radiobase. 

Celso Birraque também defendeu o compartilhamento dinâmico de espectro, que foi recentemente criticado pelo presidente da TIM, Pietro Labriola. “A DSS é uma tecnologia segura, não é passageira. Temos exemplos nos Estados Unidos de operadora que está anunciando que ela será complemento do 5G TDD.”

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