Comunicações embarcadas são oportunidade para operadoras de satélite

O mercado de comunicações embarcadas em aeronaves promete um forte crescimento no Brasil e na América Latina, segundo a análise realizada por especialistas durante o Congresso Latinoamericano de Satélites, realizado nesta quinta, 15, no Rio de Janeiro. A expectativa é que na América Latina esse mercado represente cerca de US$ 430 milhões com projeção de crescimento, ao contrário de mercados desenvolvidos, como nos EUA, onde a maior parte do mercado está tomado.

Segundo Anand Chari, CTO da Gogo, uma das principais provedoras de serviços embarcados do mundo, a grande revolução nesse mercado está na evolução das tecnologias de antenas e banda larga via satélite, que têm permitido conexões mais rápidas e baratas. A Gogo já consegue oferecer hoje, com a tecnologia chamada de 2Ku (uma antena dupla de banda Ku) velocidades de 100 Mbps a bordo. Uma das clientes da empresa é a Gol, que deve lançar o serviço em meados de 2016. Segundo Chari, a Gogo ainda está trabalhando com a engenharia da Gol para definir o projeto de implantação do primeiro avião, que posteriormente deverá passar pela certificação e homologação da Anatel e da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). "Todo esse processo de projeto e homologação da primeira aeronave demora cerca de um ano, mas depois da primeira o processo se acelera", explica. 

Além da Gol, Azul e Avianca também preparam lançamentos de banda larga e telefonia embarcada, segundo os operadores de satélite que têm participado das RFPs dos integradores.

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Para Russel Ribeiro, diretor da Gilat no Brasil, é preciso ainda cautela com esse mercado, pois há dúvidas em relação aos modelos de negócio, se subsidiados pelas companhias aéreas, se num modelo de revenue-share ou se custeado por publicidade. Ele também lembra a questão da qualidade dos serviços, já que com investimentos estimados em US$ 300 mil para equipar cada aeronave com sistemas de comunicação para os passageiros, há uma conta complexa em relação à evolução das tecnologias com o crescimento esperado do tráfego.

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