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Tellabs prevê crescimento no Brasil em 2014, mas enxerga incertezas

Neste ano, a fornecedora de soluções de backhaul Tellabs comemorou a participação da implantação da rede LTE de operadoras como a Telefônica/Vivo no Brasil para o cumprimento das metas estabelecidas no leilão da faixa de 2,5 GHz. Para 2014, o executivo garante ter "expectativa boa" para a empresa. "Continuamos trabalhando para eles (operadoras), agora a coisa deve ganhar mais proporção", afirmou o vice-presidente e gerente geral da América Latina e Caribe da empresa, Alberto Barriento, em entrevista para jornalistas nesta quarta, 16, em São Paulo.

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Há razão para otimismo. De 2009 a 2012, o desempenho em receita da fornecedora no Brasil cresceu 115%, contra 53% do México e 60% do bloco da região dos Andes (sul da América do Sul). Isso levando em conta a variação do dólar acabou por "consumir" o crescimento no último ano, segundo Barriento. Para a empresa, o mercado brasileiro representa mais de 50% na América Latina, sendo o maior mercado fora a América do Norte para a fornecedora.

Entretanto, ele também diz que 2014 será um período "bem atípico", gerando incertezas por conta da Copa do Mundo. "Pode ser bom, pode ser ruim. Ainda não dá para ver", diz ele. "Tem muita coisa no ano que vem, eventos que tanto podem estimular investimentos como podem segurar. Então, a gente está sendo conservador no que estamos projetando para o ano que vem, mas ainda em crescimento", destaca, lembrando ainda que a empresa enxerga oportunidades na continuidade da implantação da rede LTE em atendimento às metas da Anatel.

As apostas da Tellabs no Brasil incluem o investimento em soluções de Optical LAN, nas quais substituem redes legadas de cobre por infraestrutura ótica com simplificação de gestão e economia em Opex. Além disso, a empresa espera poder proporcionar redes definidas por software (SDN) para operadoras, seguido exemplos de implantação na Deutsche Telekom (Alemanha), Verizon (EUA) e NTT DoCoMo (Japão). A fornecedora espera também que soluções de small cells públicas acabem sendo consideradas, apesar de reconhecer que há o impacto da definição de licenças municipais para a instalação das antenas. "Há um impacto regulatório. Esse tipo de solução ainda não vai ser introduzido em massa em 2014, mas achamos que será nos anos posteriores", reconhece o gerente de vendas de soluções da companhia, Ronaldo Horai.

Impacto da política mexicana

Apesar disso, Alberto Barriento não acredita que o crescimento brasileiro terá um desempenho melhor do que o do México. Isso porque, segundo ele, a Tellabs deverá ter uma retomada forte no mercado mexicano após um declínio neste ano "por causa da reforma ampla, não apenas em telecom". Ele fala da mudança promovida pelo presidente Enrique Pena Nieto no primeiro semestre deste ano, na qual o governo mexicano declarou guerra ao monopólio de mercado do grupo América Móvil naquele país, onde dominava pelo menos 70% do setor. "A partir de fevereiro, quando estiver tudo mais claro, o crescimento vai ser retomado", garantiu o executivo, declarando-se otimista por conta da possibilidade de novos entrantes e aumento da concorrência.

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