Telecom Italia faz mistério sobre volta à BrT

Presente ao lançamento da TIM Brasil, em São Paulo, nesta terça-feira, 16, o presidente mundial da TIM, Marco de Benedetti, preferiu manter indefinida a posição da Telecom Italia sobre a volta ou não ao controle da Brasil Telecom (BrT) assim que a operadora fixa antecipar ou cumprir as metas de universalização de 2003. "Nosso grande objetivo no País é ter uma rede nacional GSM e uma posição de liderança em telefonia móvel. Outras decisões ainda não tomadas ficam para o futuro", disse o executivo, acrescentando que só se definirá o que fazer de acordo com a situação do mercado nacional após 2003.
Nem mesmo a possível sinergia entre operação fixa e móvel, considerada um importante diferencial competitivo, deve orientar a decisão. "Somos líderes em operação móvel em outros países sem ter operação fixa. Esta sinergia não é um 'must' no mercado de telecomunicações", comentou Giorgio della Seta, presidente da Telecom Italia para a América Latina, que também participou do evento de lançamento da operadora GSM.
O questionamento sobre a volta da Brasil Telecom surge no mesmo momento em que o conselho de administração da operadora, liderado pelo Opportunity, estuda a possibilidade de disputar o leilão das sobras de SMP. Como se sabe, a Telecom Italia teve de sair do controle da BrT, com acordo para recuperação da posição com o Opportunity após o cumprimento das metas, para poder dar partida em sua rede GSM. Se eventualmente a operadora fixa conquistar as autorizações de telefonia móvel, e se conseguir operá-las, a volta da Telecom Italia ao seu controle ficaria inviabilizada, já que a Anatel proíbe que uma mesma empresa mantenha duas outorgas para um mesmo serviço na mesma área.

Notícias relacionadas

Longa distância

A TIM também aguarda da Anatel autorizações para longa distância nacional e internacional e, uma vez que não está mais na BrT, terá de escolher um novo código de seleção de prestadora (CSP) para ingressar neste mercado. Em sua estratégia de concentrar-se na operação móvel, a empresa considera esta outorga mais importante para aumentar ganhos com os clientes de sua base do que como fonte adicional de receita a partir das vendas de serviços de carrier. No SMP, o cliente pode escolher a prestadora de longa distância toda vez que ligar entre as 67 áreas de numeração. E enquanto a TIM não tiver sua própria prestadora, seus clientes renderão receita para as carriers que já operam no mercado.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!