Investidores premiam BrT por adiar decisão sobre SMP

Ironicamente, quem deixa de investir ganha mais admiração do mercado. É o que continua acontecendo com a Brasil Telecom, depois do adiamento esta semana da decisão de sua participação no leilão de sobras de licenças das bandas D e E. Vale lembrar que a holding já havia se saído muito bem na decisão de não antecipar metas da Anatel. Deixou de se endividar, e agora não sente nem a pressão da taxa de câmbio e dos juros em alta, nem problemas mais sérios decorrentes da desaceleração da economia. Ao contrário, ficou com caixa para partir para aquisições em segmentos complementares.
Agora o mercado a premiou novamente. No ano, até esta terça-feira, dia 15, enquanto o Ibovespa teve uma queda de 37,35%, as ações preferenciais da holding (BRTP4) ainda tiveram um pequeno ganho de 0,12%. A operadora caiu, mas caiu bem menos (-13,70%). Note-se que esse desempenho se destacou também em relação ao setor de telecomunicações, uma vez que o índice setorial, o Itel, registrou no ano uma perda de 33,44%.
Em outubro, essa performance relativamente melhor vem se mantendo. Enquanto o Ibovespa caiu 1,35% até o dia 15 e o Itel subiu 0,16%, a ação BRTP4 teve alta de 3,68% e a BRTO4, de 0,92%. Ao lado de Telesp Fixa, tem se constituído em verdadeiro seguro no mercado.

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O problema da empresa é para o futuro. Quando a situação do mercado melhorar ela vai estar menos composta para competir. Aliás, é justamente quando se procura projetar o potencial da operação propriamente dita é que se percebem que, apesar da cômoda situação atual, sua margem de Ebitda não vai além da alcançada pela Telemar (45%) e fica abaixo da margem da Telesp Fixa (51%).

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